"Liberdade não é a ausencia de compromissos, mas a capacidade de escolher sua tarefa"

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Halloween Frozen Over ( muito bom )

Halloween Frozen Over

Every Halloween, there’s always that one popular costume that you see over and over again. For 2014, Frozen has taken fall by storm and Jimmy Kimmel Live‘s hilarious video helps you cope with this year’s “Elsaween.”

And it’s true. You can’t walk into a costume shop this year and not see a flurry of people surrounding the Frozen costumes.

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Disney Store has many Disney, Marvel, and Star Wars costumes for kids and adults this year. But the most popular? You’ve got it—Elsa.

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Frozen fashion show at their consumer products campus in Glendale, California kicked off Disney Store’s Halloween season earlier this season.

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Olaf is the obvious choice for boys.

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“Elsaween” doesn’t end with just costumes. Disneyland’s Halloween Carnival at Big Thunder Ranch is getting in on the act and has Disney artists designing all sorts of Frozen pumpkin creations.

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We especially enjoyed this pumpkin version of Olaf with glitter paint to give him an extra glisten.

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So happy Frozen Halloween! And if you happen to run into someone who’s wearing the same Elsa costume as you this year, just remember to “let it go.”

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Aos meus amigos que votarão em Aécio

Recentemente encuquei com a quantidade de pessoas que julgo inteligentes e que estão declarando voto-protesto em Aécio “para mudar tudo isso aí”. Sempre que alguém me diz que “do jeito que as coisas estão não dá mais” me pergunto se essa pessoa nasceu e cresceu na Dinamarca e chegou no Brasil há alguns anos apenas. O que não dá mais exatamente? As coisas não estão ótimas, mas já foram imperialmente mais grotescas. Talvez tudo esteja melhor com exceção do trânsito nas capitais – e vamos combinar que trânsito na capital não é a rigor um problema do Governo Federal.

“Ah, mas a corrupção está insustentável”.

Como assim, meu amigo? A corrupção é esporte nacional desde que o tal Dom João aportou por aqui. Pode não ter melhorado, mas agora está aí para ser julgada e condenada, como de fato está sendo.

“O PT quer instalar a ditadura”, já escutei gente que sei que é do bem dizer.

Mas então me expliquem que tipo de ditadura demora 13 anos para ser instalada? E que ditadura mantém poderes independentes e uma Polícia Federal que investiga o pessoal da situação? Que ditadura manda para a cadeia alguns de seus líderes mais influentes? Que ditadura permite ser chamada de ditadura sem mandar prender quem falou isso?

Encucada, comecei a refletir sobre essas coisas. Raramente minhas reflexões acabam em lugares produtivos, mas, por dever moral, compartilho aqui o que meus dois neurônios concluíram.

A sensação de insatisfação é mundial. Recentemente, a Europa teve que escolher o novo Parlamento, votado pela população dos países da comunidade Europeia, e duas correntes saíram vitoriosas da eleição: as de extrema direita e as socialistas. Me parece um recado claro de que todos querem mudança.

Mas mudança do que? O que está pegando?

O que está pegando é a desigualdade social e o desemprego. O Brasil não vai mal em nenhum dos dois (desigualdade e desemprego diminuiram), mas a onda da mudança chegou aqui também.

Todos nós sabemos que um pouco de desigualdade faz parte do jogo, mas a desigualdade que vemos hoje é alarmante e dilacerante. E, com a quebradeira de 2008 e os altos níveis de desemprego na Europa e nos Estados Unidos, é natural – embora abominável – que a turma da extrema direita, a turma do nacionalismo, a turma do “volta pra casa imigrante de merda porque é por sua causa que estamos nessa situação” se agigante e saia elegendo seus representantes. A explicação para a catastófica situação de hoje não é, claro, o imigrante, mas situações limite tendem a tirar o pior ou o melhor do ser-humano; e no caso da extrema direita é sempre o pior.

Mas o que levou a economia mundial a esse ponto?

Vamos analisar o caso americano, o berço do neo-liberalismo, esse sistema tão idolatrado pelos psdbistas, e onde hoje quatrocentas pessoas têm mais dinheiro do que a riqueza de metade da população somada. Os parágrafos a seguir estão mais no estilo “economia para idiotas” (o meu caso precisamente), mas sigam comigo porque eu prometo levá-los até que completemos um círculo inteiro.

Setenta porcento da economia americana está no consumo, e quem sustenta o consumo de qualquer economia é sempre a classe média. Se a classe média para de consumir, a economia para de crescer. O salário de um trabalhador comum nos Estados Unidos não cresce desde os anos 70. Não cresce significa que o poder real de compra do salário não muda há 40 anos. Está estagnado há quase quatro décadas. E estagnado nem é a palavra correta. O trabalhador comum ganha menos hoje do que ganhava em 1970.

Em compensação, a produtividade só cresceu, e só faz crescer até hoje. Então: se o salário é o que o patrão dá ao trabalhador, e se produtividade é o que o trabalhador dá ao patrão a gente consegue entender onde foi parar essa diferença. É um gráfico simples que até eu entendo. Mais produtividade, mais lucro. Mais lucro sem aumentar o salário do trabalhador significa acúmulo de dinheiro nas mãos apenas daqueles que controlam os meios de produção (perdoem se aqui o discurso soa marxista, sei que isso assusta alguns, mas prometo não arrepiá-los pedindo que se instale o comunismo).

E o que o patrão fez com esse dinheiro acumulado? Em vez de devolver ao mercado, ele guardou. Guardou em ações, em capital especulativo — no mercado de capital enfim. É um dinheiro que não cria utilidade social, o que seria aceitável numa sociedade de iguais, e não é esse o caso. Em 1970 a diferença entre o que ganhava um trabalhador comum e o que ganhava o dono do negócio era de 40 vezes. Hoje essa diferença chega a ser 400 vezes maior. Não precisamos de muito mais para entender o tamanho da desigualdade.

No mesmo período, fortificou-se a ideia de que taxar o patrão não é um bom negócio porque ele é o cara que cria empregos e, afinal, precisamos de empregos. Então, impostos sobre os ricos só caíram. Um trabalhador comum nos Estados Unidos hoje paga em torno de 30% de impostos. Warren Buffet, uma das maiores fortunas do mundo, paga 11%.

(Pausa para que façamos a digestão).

Naturalmente até meus dois neurônios entendem que não é o empresário que cria emprego. Quem cria emprego é o consumidor. O empresário não acorda de bom humor numa sexta-feira ensolarada e diz: “Que dia lindo! Vou criar vinte empregos hoje!” Ele, aliás, de uma forma geral só cria emprego em caso de última necessidade, e de não poder mais sobrecarregar o funcionário com tarefas extras porque o cidadão está esgotado. Se alguém auto-denomina “criador de empregos” ele está apenas fazendo uma declaração de poder e de status, nada além disso.

O centro do universo econômico é o consumidor e não o empresário como gosta de pensar o neo-liberal. E toda a história de prosperidade econômica de uma comunidade é uma história de investimento social. Investimento nas classes mais baixas, e em coisas básicas como educação – gratuita e de qualidade. Se querem um exemplo de investimento social fiquemos com a Coreia do Sul porque assim poupo vocês de falar de Cuba e não perco leitores.

Aqueles que insistem com o discurso da divindade do livre mercado ainda não se deram conta de que livre mercado nunca existiu porque o governo, qualquer governo, sempre regulou mercados. O problema americano é que, desde o neoliberalíssimo Ronald Reagan, os mercados passaram a ser regulados de forma a atender os interesses dos muito ricos apenas. Uma regulação mão-leve, vista-grossa, uma regulação que protege o opressor e não o oprimido.

Outra atitude tomada por Reagan foi o fim dos sindicatos. A economia americana hoje quase não tem sindicatos. E sem eles não há quem lute por reajustes salariais para o trabalhador, por isso a estagnação do poder real de compra do dólar por quarto décadas a despeito de tudo mais continuar a subir – casa, alimentação, saúde etc etc.

O que fez o trabalhador americano tendo que continuar a gastar com casa, alimentação, saúde e educação mas ganhando rigorosamente o mesmo salário por gerações? Se endividou. Gastou no cartão, fez empréstimos e, ainda mais cruel, acumulou empregos, trabalhando muitas vezees em dois ou três. Que custo isso tem para uma sociedade? Para as relações? Para as famílias? Sem dinheiro e tendo que trabalhar por horas sem fim as pessoas não se cuidam, não se relacionam decentemente, não criam filhos decentemente, não se alimentam decentemente. O diabo da economia capitalista é que, no fim, todo esse drama entra na conta como crescimento: médicos, remédios, psicólogos, mortes…

Não é preciso ser um gênio para etender que se a produtividade aumenta, o salário também precisa aumentar. Não apenas porque é legítimo e moral, mas porque se o salário aumenta, o trabalhador compra mais, e se ele compra mais a empresa cria mais empregos, e se a empresa emprega mais e fatura mais, ela paga mais impostos. E se ela paga mais impostos o governo ganha mais e investe mais em social e em educação e a economia cresce. Se em alguma dessas etapas o giro é interrompido para que alguma das partes possa acumular capital, a economia trava e a desigualdade aumenta.

Isso chamamos de neo-liberalismo: o mercado quase sem regulação federal, pouco ou nenhum investimento social, capital acumulado na mão daqueles que controlam os meios de produção.

O modelo neo-liberal, o modelo do PSDB, não prevê investimentos sociais (vamos apenas lembrar que o PT fez o Minha Casa Minha Vida, o Luz Para Todos, o ProUni e ampliou o Bolsa Família que era um programa nanico e anêmico durante os anos FHC), não prevê força sindical, não prevê taxação maior aos ricos, não prevê regulação mais forte do mercado em benefício das classes mais baixas.

O modelo PSDBista é uma cópia do modelo falido americano, e para que saiamos da abstração o melhor exemplo talvez seja a Cantareira e a falta de água em São Paulo. Quando a administração estadual decide não reformar o sistema que grita por melhorias para privilegiar a distribuição de dividendos a acionistas temos, na prática, o neo-liberalismo ferrando o social. Estamos sem água, mas os acionistas estão com seu lucro no bolso.

O modelo PTista, ao investir no social, mudou a cara do Brasil na última década. Fez ascender uma multidão de pessoas ao mercado consumidor, girou a economia, pagou o FMI, deu status ao país lá fora, diminuiu desigualdade, desemprego, tirou o Brasil do mapa mundial da fome, fortaleceu a Petrobrás (Ah, por favor. Sem essa de escândalo de corrupção. Está tudo aí, sendo investigado etc e tal. Veja apenas quanto valia a empresa com FH e quanto vale hoje).

Em outra palavras: você investe no social e nas classes mais baixas, todos ganham. Você investe no empresário, apenas o empresário ganha e a desigualdade aumenta.

Nem é preciso recorrer aos indicadores para que entendamos isso. Com 13 anos de investimentos sociais feitos pelo PT pergunte-se se algum de seus amigos que já eram ricos ficaram menos ricos. Não os meus. Quem era rico ficou ainda mais rico porque se mais gente passa a frequentar o mercado consumidor, se mais gente se educa e vive com um mínimo de decência, os donos dos meios de produção ganham ainda mais. A diferença é que agora o empresário pode viajar de avião ao lado do faxineiro da firma. É um exemplo tosco, mas vale por ser verdadeiro.

Eu sei, ainda estamos muito longe do ideal, mas não se muda 500 anos de tropeços e costumes deploráveis e desvios e sonegações em 12. É preciso mais tempo. É preciso mais investimento social. Mas estamos evoluindo, e uma administração neo-liberal interromperia todo esse processo.

É isso o que estaremos escolhendo no dia 26.

Não se trata de optar entre aqueles que fizeram o Mensalão ou aquele que construiu aeroporto particular com grana pública e empregou parentes em seu governo. Não se trata de escolher entre o “menor dos delitos”, ou em “alternar poder”. Não se trata de escolher entre o azul e o vermelho, entre o bom e o mau, entre o que fala bem e o que fala aos trancos, entre o filhinho de papai e a guerrilheira. Se trata de escolher um modelo de país. De optar entre o investimento no acionista ou o investimento no social. Entre a proteção ao dinheiro do rico ou à dignidade do pobre. É disso que se trata o dia 26.

( Blog da Milly)



sexta-feira, 5 de setembro de 2014

O Aborto, tema que os candidatos se esquivam de falar ...


Discurso proferido no dia 3 de fevereiro de 1994 

(...) "Eu sinto que o grande destruidor da paz hoje é o aborto, porque é uma guerra contra a criança, uma matança direta de crianças inocentes, assassinadas pela própria mãe. 

E se nós aceitamos que uma mãe pode matar até mesmo seu próprio filho, como é que nós podemos dizer às outras pessoas para não se matarem? Como é que nós persuadimos uma mulher a não fazer o aborto? Como sempre, nós devemos persuadi-la com amor e nós devemos nos lembrar que amor significa estar disposto a doar-se até que machuque. Jesus deu Sua vida por amor de nós. Assim, a mãe que pensa em abortar, deve ser ajudada a amar, ou seja, a doar-se até que machuque seus planos, ou seu tempo livre, para respeitar a vida de seu filho. O pai desta criança, quem quer que ele seja, deve também doar-se até que machuque. 

Através do aborto, a mãe não aprende a amar, mas mata seu próprio filho para resolver seus problemas. 

E, através do aborto, diz-se ao pai que ele não tem que ter nenhuma responsabilidade pela criança que ele trouxe ao mundo. Este pai provavelmente vai colocar outras mulheres na mesma situação. Logo, o aborto apenas traz mais aborto. 

Qualquer país que aceite o aborto não está ensinando o seu povo a amar, mas a usar de qualquer violência para conseguir o que se quer. É por isso que o maior destruidor do amor e da paz é o aborto. 

Muitas pessoas são muito, muito preocupadas com as crianças da Índia, com as crianças da África onde muitas delas morrem de fome, etc. Muitas pessoas também são preocupadas com toda a violência nos Estados Unidos. Estas preocupações são muito boas. Mas freqüentemente estas mesmas pessoas não estão preocupadas com os milhões que estão sendo mortos pela decisão deliberada de suas próprias mães. E isto é que é o maior destruidor da paz hoje - o aborto que coloca as pessoas em tal cegueira. 

E por causa disto eu apelo na Índia e apelo em todo lugar - "Vamos resgatar a criança." A criança é o dom de Deus para a família. Cada criança é criada `a imagem e semelhança de Deus para grandes coisas - para amar e ser amada. Neste ano da família nós devemos trazer a criança de volta ao centro de nosso cuidado e preocupação. Esta é a única maneira pela qual nosso mundo pode sobreviver porque nossas crianças são a única esperança do futuro. Quando as pessoas mais velhas são chamadas para Deus, somente seus filhos podem tomar seus lugares. 

Mas o que Deus diz para nós? Ele diz: "Mesmo se a mãe se esquecer de seu filho, Eu jamais te esquecerei. Eu gravei seu nome na palma de minha mão." (Is 49). Nós estamos gravados na palma da mão de Deus; aquela criança que ainda não nasceu está gravada na mão de Deus desde a concepção e é chamada por Deus a amar e ser amada, não somente nesta vida, mas para sempre. Deus jamais se esquece de nós. 

Eu vou lhe contar uma coisa bonita. Nós estamos lutando contra o aborto pela adoção - tomando conta da mãe e da adoção de seu bebê. Nós temos salvo milhares de vidas. Nós mandamos a mensagem para as clínicas, para os hospitais e estações policiais: "Por favor não destrua a criança, nós ficaremos com ela." Nós sempre temos alguém para dizer para as mães em dificuldade: "Venha, nós tomaremos conta de você, nós conseguiremos um lar para seu filho". E nós temos uma enorme demanda de casais que não podem ter um filho - mas eu nunca dou uma criança para um casal que tenha feito algo para não ter um filho. Jesus disse: "Aquele que recebe uma criança em meu nome, a mim recebe." Ao adotar uma criança, estes casais recebem Jesus mas, ao abortar uma criança, um casal se recusa a receber Jesus. 

Por favor não mate a criança. Eu quero a criança. Por favor me dê a criança. Eu estou disposta a aceitar qualquer criança que estiver para ser abortada e dar esta criança a um casal que irá amar a criança e ser amado por ela. 

Só de nosso lar de crianças em Calcutá, nós salvamos mais de 3000 crianças do aborto. Estas crianças trouxeram tanto amor e alegria para seus pais adotivos e crescem tão cheias de amor e de alegria. 

Eu sei que os casais têm que planejar sua família e para isto existe o planejamento familiar natural. 

A forma de planejar a família é o planejamento familiar natural, não a contracepção. 

Ao destruir o poder de dar a vida, através da contracepção, um marido ou esposa está fazendo algo para si mesmo. Atrai a atenção para si e assim destrói o dom do amor nele ou nela. Ao amar, o marido e mulher devem voltar a atenção entre si como acontece no planejamento familiar natural, e não para si mesmo, como acontece na contracepção. Uma vez que o amor vivo é destruído pela contracepção, facilmente segue-se o aborto. 

Eu sei também que existem enormes problemas no mundo - que muitos esposos não se amam o suficiente para praticar o planejamento familiar natural. Nós não temos condições de resolver todos os problemas do mundo, mas não vamos trazer o pior problema de todos, que é a destruição do amor. E isto é o que acontece quando dizemos às pessoas para praticarem a contracepção e o aborto. 

Os pobres são grandes pessoas. Eles podem nos ensinar tantas coisas belas. Uma vez uma delas veio nos agradecer por ensinar-lhe o planejamento familiar natural e disse: "Vocês que praticam a castidade, vocês são as melhores pessoas para nos ensinar o planejamento familiar natural porque não é nada mais que um auto-controle por amor de um ao outro." E o que esta pobre pessoa disse é a pura verdade. Estas pessoas pobres talvez não tenham algo para comer, talvez não tenham uma casa para morar, mas eles ainda podem ser ótimas pessoas quando são espiritualmente ricos. 

Quando eu tiro uma pessoa da rua, faminta, eu dou-lhe um prato de arroz, um pedaço de pão. Mas uma pessoa que é excluída, que se sente não desejada, mal amada, aterrorizada, a pessoa que foi colocada para fora da sociedade - esta pobreza espiritual é muito mais difícil de vencer. E o aborto, que com freqüência vem da contracepção, faz uma pessoa se tornar pobre espiritualmente, e esta é a pior pobreza e a mais difícil de vencer. 

Nós não somos assistentes sociais. Nós podemos estar fazendo trabalho de assistência social aos olhos de algumas pessoas, mas nós devemos ser contemplativas no coração do mundo. Pois estamos tocando no corpo de Cristo e estamos sempre em Sua presença. 

Você também deve trazer esta presença de Deus para sua família, pois a família que reza unida, permanece unida. 

Existe tanto ódio, tanta miséria, e nós com nossas orações, com nosso sacrifício, estamos começando em casa. O amor começa em casa, e não se trata do quanto nós fazemos, mas quanto amor colocamos naquilo que fazemos. 

Se somos contemplativas no coração do mundo com todos os seus problemas, estes problemas jamais podem nos desencorajar. Nós devemos nos lembrar o que Deus fala na Escritura: "Mesmo se a mãe esquecer-se do filho que amamenta - algo impossível, mesmo se ela o esquecesse - Eu não te esqueceria nunca." 

E aqui estou eu falando com vocês. Eu desejo que vocês encontrem os pobres daqui, na sua própria casa primeiro. E comece a amar ali. Seja a boa nova para o seu próprio povo primeiro. E descubra sobre o seu vizinho ao lado. Você sabe quem são eles? 

Deus jamais nos esquecerá e sempre existe algo que você e eu podemos fazer. Nós podemos manter a alegria do amor de Jesus em nossos corações, e partilhar esta alegria com todos aqueles de quem nos aproximarmos. 

Vamos insistir que - cada criança não seja indesejada, mal amada, mal cuidada, ou morta e jogada fora. E doe-se até que machuque - com um sorriso. 

Porque eu falo muito sobre doar-se com um sorriso nos lábios, uma vez um professor dos Estados Unidos me perguntou: "Você é casada?" E eu disse: "Sim, e algumas vezes eu acho difícil sorrir para meu esposo, Jesus, porque Ele pode ser muito exigente - algumas vezes." Isto é mesmo algo verdadeiro. 

E é aí que entra o amor - quando exige de nós, e ainda assim podemos dar com alegria. 

Se nos lembrarmos que Deus nos ama, e que nós podemos amar os outros como Ele nos ama, então a América pode se tornar um sinal de paz para o mundo. 

Daqui deve sair para o mundo, um sinal de cuidado para o mais fraco dos fracos - a futura criança. Se vocês se tornarem uma luz ardente de justiça e paz no mundo, então vocês serão verdadeiramente aquilo pelo qual os fundadores deste país lutaram. Deus vos abençoe!" 


Madre Teresa de Calcutá


terça-feira, 26 de agosto de 2014

clareamento natural com mel

Aqui vai uma dica “mara”…clareamento natural com mel:

O clareamento com mel é eficiente, porque o mel possui peróxido de hidrogênio natural.

“Numerosos estudos relatam o uso e as propriedades do mel ao longo dos tempos. Citado em artigos científicos de medicamentos, nutrientes e até em “livros sagrados”, o mel depende de quem, e como é utilizado. O mel é uma mistura de néctar e extrato sacarínico extraído de flores.
  É composto de 80% de carboidratos (35% glicose, 40% frutose e 5% sacarose) e 20% de água (SATO e MIYATA, 2000). O mel detém característica antibactericida e ação cicatrizante. Já se tem determinado que o mel inibe o crescimento de um grande número de bactérias, além de possuir atividade antifúngica. O efeito antibacteriano do mel está associado a fatores “não-peróxidos” (Osmolaridade, Lisozimas, Ácidos Fenólicos, Flavonóides e Acidez) e a um fator ligado à presença de peróxido de hidrogênio. O H2O2 é gerado pela oxidação da glicose pela glucose oxidase encontrada nas glândulas hipofaríngeas das abelhas (http://honey.bio.waikato.ac.nz). Neste trabalho propomos um novo método analítico para a quantificação dos níveis de peróxido de hidrogênio em amostras de mel de diferentes fontes florais, a fim de identificarmos a correlação do teor de H2O2 e as atividades antibactericidas do mel para diferentes floradas.”
(http://www.abq.org.br/cbq/2006/trabalhos2006/4/75-119-4-T1.htm)

A intensidade do clareamento está diretamente ligada à absorção do mel pelos fios. Ou seja, quanto melhor os fios o absorverem, mais tenderão a clarear.

Você pode usar o óleo de coco ou azeite de oliva (extra virgem) para diluir o mel, e assim, poder espalhar com maior facilidade nos fios úmidos e limpos.
Depois é só colocar uma touca de banho ou de alumínio e ficar, e ficar +- 1h de “molho”.

O clareamento é progressivo, e dá um tom dourado aos fios.
E mesmo fios escuros podem ganhar reflexos dourados…

Só funciona com mel puro, ok?
E como saber se o mel é puro?

Dica > para saber se o mel é puro, basta colocá-lo numa colher e levá-la à chama do fogo. Se o mel ferver e ficar escuro, contem mistura de açúcar (não serve); se o mel ferver e ficar na mesma cor, ele é puro.


segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Cirurgias Plásticas Mal sucedidas



Cirurgias Plásticas Mal sucedidas 

Blog de moisesemika :•| Trésors du Coeur |•, Cirurgias Plásticas Mal sucedidas

A estética,é algo muito relativo,entre culturas e religiões existem padrões muitas vezes diferentes daqueles que possamos achar ´´belo`` porém com o passar dos tempos os meios de comunicação,tem tornado a beleza padronizada e muitos,por sua vez querem buscar esse padrão chamado beleza exterior,mas até quando chega essa obsessão? não podemos entender a mente humana porém,muitos exemplos mostram o quanto isso torna as pessoas doentias e acima de tudo desfiguradas com as intervenções feitas indevidamente em seu corpo.

Abaixo  alguns exemplos de Cirurgias mal sucedidas:


Blog de moisesemika : ˙·٠•●MK●•٠·˙, Cirurgias Plásticas Mal sucedidas

O famoso Homem Gato - Quando pobre fica louco, vai para um Hospício ou vira morador de rua, já quando rico fica louco se transforma nisso!!!


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Ela disse que queria ficar com os lábios "carnudos"


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A irmã de Michael Jackson, La Toya Jackson, nota alguma semelhança?


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O rei do Pop é uma referência ao exagero da cirurgia plástica - e ele ainda confessa que fez apenas 3 cirurgias,acho difícil um estrago tamanho apenas,com três cirurgias.


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A socialite Jocelyn Wildenstein,é uma mulher totalmente deformada,seu sonho quando era casada,era ter os olhos como de um tigre,porém a obsessão foi tamanha que destruiu sua expressão e  o que era belo naturalmente tornou-se a destruição total.


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Tudo com moderação,pode tornar algo mais formoso porém quando,existe um desequilíbrio emocional,algumas pessoas entregam-se a esse procedimento tão doloroso e irreversível 

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

“Grandes Dicas, Pequenos Espaços” Boa ideia !


Apartamento de 36 metros quadrados

Você aí (leia-se eu!), reclamando do seu apErtamento quarto e sala de 48 m², ainda não viu esse aqui de 36 m²! Fizeram miséria com o danado que parece muito maior do que é! E a gente, espertamente, pega carona com as ideias mirabolantes para driblar a falta de espaço e para decorar de forma linda e descomplicada.
Vem se espantar comigo!
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♥ Base branca. Repare que o piso foi todo pintado de branco. As janelas e a maioria das paredes também são brancas, além dos armários da cozinha.
♥ Janelas amplas. A luz chega fácil em todo o ambiente e dá impressão de que o espaço é maior.
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♥ Delimitação de ambientes por móveis e cores. Se você quer que seu apartamento tenha essa impressão de amplitude, mesmo sendo pequeno, abra mão das paredes. Neste projeto, por exemplo, apenas a mesa de jantar separa a cozinha da área de estar. Nem houve necessidade do balcão de cozinha americana. Repare também nas paredes cinzas delimitando a sala de estar.
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♥ Nichos, prateleiras e armários embutidos. Achei aconchegante e genial o nicho projetado especialmente para entrar a cama. Ali, não tem luz no teto, é um espaço para relaxar. Apenas uma andarela na parede permite a leitura antes de dormir. E a parede do nicho deu estrutura para as prateleiras embutidas, do outro lado, amparar miudezas do pequeno home office. Até ele coube no projeto, meodeos!
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Antes que você me pergunte onde (raios) está o guarda-roupa desta casa, já te adianto que ele foi parar no hall.  Fiquei impressionada com o tamanho do espaço de armazenamento! O proprietário abriu mão de um armário tradicional e instalou portas de correr e, internamente, estruturas de ferro, onde o cabideiro e as prateleiras podem ser fixados. Isso dá liberdade para modificar o layout do armário conforme a necessidade. O pé direito alto ainda permite espaço para os armários superiores, os famosos maleiros.
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Vamos combinar que esse banheiro é super real. Para organização, prateleiras, prateleiras, prateleiras.
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Para decorar
♥ Tijolo aparente dá charme e aconchego, além dos papéis de parede.
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♥ O parapeito baixo da janela serve como bancada/prateleira para exibir objetos de decoração.
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♥ Qualquer espaço vazio na parede pode servir para penduradores, tanto para organização quanto para decoração. Esse aqui fica bem na entrada do apartamento, organizando os casacos e bolsas de quem chega.
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A planta baixa:
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Me diz se ele tem mesmo carinha de 36 (m²)?

Do Blogue:
http://www.minhafilhavaicasar.com/categoria/casa-e-decoracao/grandes-dicas-pequenos-espacos-casa-e-decoracao/

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

A Cor Púrpura/The Color Purple para Danielle e Fernanda

Nota: ★★★½

Texto publicado na revista Afinal de 12 de agosto de 1986: O mago desta vez veio sem sua cartola. Steven Spielberg, o maior fenômeno de bilheteria de toda a história do cinema mundial, o garoto prodígio de Hollywood, responsável por quatro dos oito filmes de maior renda já feitos até hoje, o Walt Disney da era dos computadores e dos videogames, que aos 25 anos era comparado a Orson Welles, abandonou a fantasia, a imaginação, a aventura, os efeitos especiais, os heróis, os monstrinhos, as naves espaciais – toda a sua marca registrada, a sua fórmula perfeita de fazer lotar as salas escuras de cinema ao redor do mundo de multidões ávidas de sonho.

 

Em seu nono longa-metragem, A Cor Púrpura/The Color Purple, 1986, em exibição nas maiores cidades do País a partir desta quinta-feira (em agosto de 1986), em lançamento nacional, Spielberg trocou o sonho pela realidade, as famílias dos abastados subúrbios da classe média alta das grandes cidades por um punhado de pessoas pobres, infelizes, oprimidas, os super-heróis à la Indiana Jones por pessoas simples, humildes, que apanham e levam desaforo para casa. O mago, desta vez, trocou o sonho pelo pesadelo de quem é – como diz um de seus personagens – preto, pobre, feio e mulher.

Desafio

 “Foi o maior desafio da minha carreira”, disse ele. Que ninguém duvide.

acorboa “Acho que só agora eu estava preparado para filmar um drama”, avalia. “Durante anos eu joguei na certa, fazendo filmes que eu podia dominar e usando os recursos técnicos que conheço perfeitamente. O risco era pequeno. Acho que eu ainda não tinha crescido de todo antes desse filme.” Spielberg disse isso em dezembro do ano passado (1985), o mês em que completou 38 anos de idade; estava acabando de acompanhar os trabalhos da montagem final de A Cor Púrpura, que foi filmado entre julho e agosto de 1985.

 Foi Kathleen Kennedy, uma produtora que trabalha com Spielberg há anos, que recomendou a ele o livro A Cor Púrpura, da escritora negra Alice Walker, Prêmio Pulitzer e American Book Award para ficção em 1983, e grande sucesso de público (ficou um ano na lista dos livros mais vendidos do New York Times). “Todas as mulheres estão lendo”, avisou Kathleen. Spielberg leu e imediatamente comprou os direitos de filmagem para sua empresa, a Amblin Entertainment. Entregou o livro ao roteirista Menno Meyjes, um holandês radicado na Califórnia, para que ele fizesse a adaptação, mas não deixou o trabalho inteiramente a cargo de Meyjes: como sempre acontece em todos os projetos da Amblin, Spielberg coloca sua mão em todas as fases dos trabalhos. “Levamos uns oito meses para adaptar o livro honestamente, sem perder sua essência”, conta o diretor. “Foi o período mais longo que já levei trabalhando com um escritor em um roteiro.”

Verdades adultas

Foi um período “esquizofrênico”, segundo Spielberg. Ele estava, ao mesmo tempo, cuidando da produção executiva de Os Goonies e De Volta para o Futuro, e, além disso, trabalhando no roteiro de O Enigma da Pirâmide. “Eu estava dividido entre esses vários filmes para as matinês adolescentes e as verdades adultas de A Cor Púrpura“.

acorirmasAs verdades adultas começam muito cedo na vida de Celie, a personagem principal da história. Aos 14 anos, ela engravida pela segunda vez, de seu próprio padrasto, na zona rural da Georgia, no sudeste americano, no começo do século (XX). Não vê as crianças, no entanto – o padrasto as dá para um casal que não pode ter filhos. Ainda aos 14 anos, Celie (interpretada, adolescente, por Desreta Jackson, e, adulta, por Whoopi Goldberg) é entregue pelo padrasto a um fazendeiro vizinho, Albert (Danny Glover), que ela chama apenas de Mister (e os letreiros do filme, no Brasil, assim como a tradução do livro, chamam de Sinhô); ele havia ficado viúvo, e precisava de uma mulher para limpar a casa, cozinhar, fazer-lhe a barba, cuidar dos seus três filhos e, eventualmente, abrir as pernas, enquanto ele literalmente a cavalga, olhando para o retrato, ao lado da cama, da mulher que é a paixão de sua vida, Shug Avery (Margaret Avery), uma cantora de cabaré.

Como se vê, Celie é o retrato, em tons berrantes, caricaturais, do ser humano oprimido. A mulher é o negro do mundo, escreveu John Lennon. A Celie criada pela feminista Alice Walker é isso elevado à enésima potência, é a escrava mais escrava que se poderia conceber, a escrava de um homem brutal que por sua vez é oprimido pelo pai; Celie, como o próprio Albet lhe diz, é, em suma, preta, pobre, feia e mulher, em uma sociedade extremamente machista, racista, classista.

Celie tem um único amor na vida: Nettie, sua irmã mais nova, mais bonita, mais atraente, mais estudada (Celie é analfabeta; Nettie é quem a ensina a escrever). Nettie (Akosua Busia) foge do padrasto opressor e pede para morar na casa do homem que oprime sua irmã. Ele tenta seduzi-la, ela reage, ele a manda embora; Nettie vai embora gritando para a irmã que escreverá sempre para ela. Mister, o Sinhô, naturalmente, proíbe Celie de chegar perto da caixinha do correio.

Isso é 1909. A história acompanhará a trajetória desses tristes personagens ao longo dos 34 anos seguintes, até 1943. Celie e os filhos de Albert crescem, igualmente tiranizados pelo Sinhô. O mais velho dos filhos, Harpo (Willard Pugh), casa-se com Sofia (Oprah Winfrey), uma anti-Celie, uma mulher firme, corajosa, que não aceita ser escrava de pai ou de marido.

Celie começa seu movimento para fora da passividade escrava através de seu encontro com a amante de Albert, a cantora Sugh Avery – ou, nos letreiros brasileiros, Doci Avery (Shug é corruptela de sugar, açúcar). Shug Avery é o que Celie jamais pôde ser: bonita, atraente, sensual, alegre e sobretudo livre.

Humanidade

acorwhoopiSteven Spielberg diz que não quis fazer um filme sobre negros, mas sobre pessoas. “Eu decidi, desde o início do projeto, que essa não era uma história sobre uma raça ou cor ou situação social, e sim uma história sobre a humanidade. As fraquezas, as dificuldades e as alegrias dessas pessoas poderiam ter sido – e, de fato, foram – as de cada um de nós.”

Quando o roteiro de A Cor Púrpura ficou pronto, Spielberg mandou seu diretor de arte, J. Michael Riva, procurar um lugar para as filmagens, em cinco Estados – Mississipi, Georgia, Alabama, Carolina do Norte e Tennessee. Riva fotografou dezenas de lugares, e submeteu o resultado de suas pesquisas ao diretor. Spielberg escolheu uma fazenda perto da cidade de Wadesboro, na Carolina do Norte – o Estado é vizinho à Georgia, onde se passa a ação -, que foi alugada por seis meses. O diretor ficou fascinado com a beleza do lugar quando foi conhecê-lo. Sobretudo, gostou da topografia: era um lugar cheio de pequenas colinas. “É um desastre filmar em lugares planos, porque não se tem onde pôr a câmara, exceto numa grua”, ensina.

A uma pequena distância da sede da fazenda – que, nas filmagens, serviu como a casa de Albert -, a produção construiu, seguindo a orientação do diretor de arte Riva, uma segunda casa, a de Harpo, filho de Albert, e um jook joint – um cabaré rural, como os que havia nas primeiras décadas do século no Sul dos Estados Unidos. Além dessas três construções, aparece no filme também uma igreja, a igreja do pastor pai de Shug Avery, mas esta não precisou ser feita: por sorte, a produção encontrou, perto da fazenda, uma igreja construída há 60 anos, que estava à venda pela congregação; a igreja simplesmente foi transportada para o local das filmagens.

Sem efeitos

Ali, até o clima ajudou, diz Spielberg. “Quando queríamos que chovesse, chovia; quando queríamos sol, tinha sol”, lembra. Até as cenas de tempestades, com raios e relâmpagos – como a que antecede a chegada de Shug Avery à casa de Albert, com Celie vendo pela primeira vez, do umbral da porta, a amante do marido – foram filmadas lá mesmo. Em A Cor Púrpura, nem as tempestades são efeitos especiais. “Tirei férias dos efeitos especiais”, disse Spielberg.

Não que fazer um filme sobre pessoas comuns, sem tubarões, extraterrestres ou discos voadores, dispense uma infindável lista de cuidados especiais. J. Michael Riva, o diretor de arte e sua equipe, por exemplo, levaram mais de um ano pesquisando as roupas, os penteados, as mobílias, o tipo de construção, para reproduzir com fidelidade a vida no campo dos Estados Unidos entre 1909 e 1943. (A equipe que produziu os figurinos da minissérie Memórias de um Gigolô, da Rede Globo, por exemplo, teve um mês para pesquisar.)

Para as cenas de inverno, a equipe de Riva desfolhou todas as árvores do local de filmagens, e criou neve, em pleno verão da Carolina do Norte. Umas poucas cenas se passam numa pequena cidade próxima da fazenda onde Celie mora; elas foram filmadas em uma cidade vizinha à fazenda alugada pela produção; todas as casas tiveram que ser pintadas, e a equipe de Riva importou toneladas de terra vermelha, semelhante à da Geórgia, para cobrir o asfalto da rua moderna.

No início do filme – bem no começo do século, portanto – aparece em uma cena uma antiqüíssima vitrola de corda. Quase no fim, pode ser visto um jukebox, como os que existiam no início dos anos 40. “As mudanças são mostradas através do trabalho de Michael Riva”, diz Spielberg. “Mas são mostradas de uma maneira sutil; não pretendíamos soterrar o espectador com esse tipo de informação, porque ela não é fundamental para a história que estamos contando. Porque eu acho fascinante o seguinte: enquanto o mundo estava mudando inteiramente ao redor dessas pessoas, de 1909 a 1943, elas continuavam com suas próprias lutas emocionais. O mundo ao redor delas faz pouca diferença no desenvolvimento de suas histórias.”

 Há mudanças, ao longo dos 34 anos de história, também na música. No começo ouvem-se apenas os blues do início do século, o som da gaitinha de boca. No final do filme, já na década de 40, ouve-se o som das big bands. A trilha sonora, produzida pelo maestro Quincy Jones, um dos maiores nomes da música americana, serviu-se da matéria-prima mais farta que existe – a música negra é praticamente toda a música americana, do blues ao jazz, do gospel aos ritmos afros.

Rostos negros

Uma das preocupações do diretor de arte Riva foi o uso de cores escuras nas paredes, nas mobílias, e mesmo nas roupas. Isso foi combinado entre ele e o diretor de fotografia, Allen Daviau, um velho companheiro de Spielberg (Daviau trabalhou com o diretor pela primeira vez em Amblin, um curta-metragem que Spielberg filmou em 1968, no seu tempo de estudante, e que deu o nome à sua produtora, a Amblin Entertainment). “É mais fácil trabalhar com rostos negros contra um background escuro do que contra um fundo mais claro”, explica Daviau. “A iluminação dos rostos pode ser mais sutil.”

acoroprahO elenco reunido por Spielberg mistura atores veteranos, como Adolph Caesar, que faz o papel do pai de Albert, com atores de teatro com pouca ou nenhuma experiência em cinema, como Whoopi Goldberg, a Celie, ou Oprah Winfrey (foto), a Sofia – e atores não-profissionais. “De alguma forma essa mistura foi magia”, constata Spielberg. Experiente em lidar com crianças – quem não se lembra dos maravilhosos Elliot (Henry Thomas) e Gertie (Drew Barrymore), deE.T.? -, o diretor diz: “Trabalhar com crianças ou com principiantes é mais ou menos a mesma coisa”.

O próprio Spielberg admite que, quando filmouE.T., ele berrou muito com os atores. Desta vez ele foi mais suave: “O lugar das filmagens estava muito carregado emocionalmente. A história tem muitos momentos pesados, de dramas intensos. Eu e Allen (Daviau) fomos conselheiros, psicólogos e, às vezes, quando as emoções ficavam quentes e pesadas, até padioleiros dos atores”.

Spielberg diz que gostaria de ter filmado tudo em continuidade, ou seja, seguindo a ordem cronológica, para facilitar o trabalho dos atores, especialmente dos menos experientes. Afinal, são 34 anos de história. “Era muito difícil explicar a eles o que já havia acontecido na história antes de filmar determinada cena, ou então que iria acontecer ainda no futuro alguma coisa que já tínhamos filmado três dias antes”, exemplifica. O trabalho de maquilagem também era complicado – os atores tinham que envelhecer algumas décadas, com a maquilagem dirigida por Ken Chase (o mesmo que fez envelhecer 30 anos os atores de De Volta Para o Futuro). “Às vezes”, diz Spielberg, “ele tinha que envelhecer os atores num dia para rejuvenescê-los no dia seguinte. Era confuso demais.”

No orçamento

Filmar em continuidade, de qualquer forma, encareceria muito a produção. E Spielberg – que, para filmar Tubarão, em 1975, por exemplo, estourou o orçamento de US$ 4 milhões e acabou gastando US$ 8 milhões, em 155 dias, contra os 55 inicialmente planejados – desta vez queria e conseguiu se ater aos R$ 15 milhões acertados para os gastos de produção.

Pode parecer muito, mas não é. Francis Ford Coppola gastou US$ 45 milhões – três vezes mais que Spielberg em A Cor Púrpura – para fazer seu Cotton ClubCaçadores da Arca Perdida custou US$ 20 milhões. Para fazer 1941, Spielberg gastou nada menos que US$ 28 milhões – e o filme foi um fracasso de bilheteria, o único fracasso, até agora (“Até fazer1941, eu achava que era imune ao fracasso”, disse Spielberg) dessa carreira alucinante e meteórica.

Steven Spielberg foi o mais jovem diretor de cinema a assinar um contrato longo com um grande estúdio, em toda a história de Hollywood. Tinha 21 anos quando mostrou seu curta Amblin a Sid Sheinberg, na época presidente do setor de televisão da Universal, e foi contratado. Filho de um engenheiro de computadores e uma ex-pianista clássica, ele ganhou sua primeira filmadora, uma Kodak baratinha, aos 12 anos de idade, e passou sua juventude escrevendo roteiros de filmes. Na Universal, dirigiu 11 episódios de seriados, inclusive um de Columbo. Aos 24 anos, dirigiu seu primeiro longa para a TV, Encurralado; gastou 12 dias de filmagem e US$ 300 mil. O filme rendeu nada menos que US$ 9 milhões, tornou-se cult movie e transformou Spielberg numa instant celebrity

Encurralado é de 1971. Três anos depois Spielberg dirigiu seu primeiro filme feito para o cinema, Louca Escapada. O seu terceiro trabalho, Tubarão, de 1975, foi, durante muito tempo, o filme de maior bilheteria de toda a história do cinema. Rendeu, até 1985, só no mercado norte-americano, segundo a revista Variety, R$ 130 milhões. Tubarão é hoje (1986) a quinta maior bilheteria da história. Spielberg comparece com três outros filmes na lista dois oito maiores: E.T., de 1982, primeiro lugar, com US$ 210 milhões; Caçadores da Arca Perdida, de 1981, com US$ 115 milhões, em sétimo; e Indiana Jones e o Templo da Perdição, de 1984, em oitavo lugar. Seu Contatos Imediatos de Terceiro Grau, de 1977, é o 14º colocado da lista.

 O toque de Midas de Spielberg não se restringe aos filmes que ele próprio dirige. Como produtor executivo, argumentista, às vezes supervisor de todo o trabalho da equipe, inclusive do próprio diretor, ele imprimiu a marca “Steven Spielberg presents” a diversos filmes que atraíram multidões, como Poltergeist, De Volta para o Futuro, Os Goonies, Os Gremlins.

Hostilidade

Tão imenso e inédito sucesso teria, fatalmente, que provocar reações hostis. É o caso, por exemplo, da vetusta Academia de Ciências e Artes Cinematográficas de Hollywood. O Oscar nunca sorriu para Steven Spielberg (até então, 1986). E.T.,Caçadores da Arca Perdida e Tubarão foram indicados para melhor filme, mas perderam.Seus filmes só ganharam prêmios menores, como melhor trilha sonora (para o trabalho de John Williams em Tubarão) ou melhores efeitos visuais (para E.T.). Em 1986, então, parece piada. A Cor Púrpura teve 11 indicações (para os prêmios de melhor filme, fotografia, roteiro adaptado, figurinos, maquilagem, canção original, direção de arte, trilha sonora original, atriz para Whoopi Goldberg, atriz coadjuvante para Margaret Avery e Oprah Winfrey), mas Spielberg não foi sequer indicado para concorrer ao prêmio de melhor diretor. Um executivo de Hollywood comentou que isso parecia com dizer que o David, de Michelangelo, é uma obra-prima da escultura embora Michelangelo seja um escultor menor. Spielberg foi ao Dorothy Chandler Pavillion, e suportou estoicamente as longas horas da festa, para ver seu filme derrotado 11 vezes.

acorfacaA crítica americana foi reticente com A Cor Púrpura. A bilheteria não foi um fracasso, mas os resultados ficaram longe do padrão costumeiro dos filmes de Spielberg. Ele mesmo, de qualquer forma, já esperava por isso, assim como toda a sua equipe. Algumas reações, no entanto, devem ter incomodado Spielberg de uma maneira especial – como as muitas críticas que recebeu da comunidade negra, de que o filme menospreza a opressão do branco sobre o negro, ao realçar apenas a opressão do macho sobre a mulher; disseram que o filme é um tratado contra o macho negro, e uma exaltação do lesbianismo.

Cada espectador que tire a sua conclusão. De fato, a trajetória de Celie da escravidão para a luz passa necessariamente por seu amor por Shug Avery; é com ela que Celie aprende o prazer do sexo, assim como aprende a ter vontade de se libertar da opressão de Albert. E, além disso, o seu único amor na vida, além de Shug Avery e dos filhos, é outra mulher, sua irmã Nettie. Mas essa é a trajetória de Celie, apenas. As trajetórias de Sofia e de Shug Avery, as duas únicas mulheres livres da história, são diferentes. Shug Avery evolui de uma relação de dominação ao inverso do padrão machista tradicional – ela dominadora, Albert o dominado – para uma relação de igualdade com o novo homem de sua vida, com quem se casa, Grady (Bennett Guillory). Sofia segue caminho semelhante; recusa-se , até na porrada, a ser dominada por Harpo; quer uma relação de igual para igual – o que acabará conseguindo.

O próprio personagem de Sofia serviria, também, para desmentir a idéia de que o filme não se preocupa com a opressão do branco sobre o negro; quando ela reage a uma agressão do branco rico, é espancada, presa, humilhada, até perder quase por inteiro a lucidez e a força de sua personalidade. Aliás, os pouquíssimos personagens brancos que aparecem no filme – o prefeito, a mulher do prefeito, o rapaz da mercearia – são tratados como o retrato do mal em si. Simplista, claro, beirando um maniqueísmo mais apropriado para as matinês dos adolescentes do que para um filme sobre verdades adultas. Isso, sim, poderia ser apontado como falha.

 Há outras. Há cenas caricaturais demais, num estilo de farsa que não se coaduna com o resto da narrativa – como as trapalhadas de Harpo, suas quedas do telhado da casa que está construindo.

 A crítica, naturalmente, não perdoa essas coisas. Mas Spielberg não está preocupado com a crítica, e sim com o público: “Minha intenção é fazer filmes que as pessoas gostem de ver, eu inclusive”. Resta saber se as pessoas estão interessadas em ir ao cinema para ver uma realidade próxima do pesadelo, ou se, simplesmente, preferem o sonho – que Spielberg sabe como ninguém alimentar.

  

A Cor Púrpura/The Color Purple

De Steven Spielberg, EUA, 1986

Com Whoopi Goldberg, Danny Glover, Margareth Avery, Oprah Winfrey,

Roteiro Menno Meyjes

Baseado na novela de Alice Walker

Música Quincy Jones

Fotografia Allen Daviau

Produção Amblin, Warner

Cor, 154 minutos


http://youtu.be/BXfKji1RLdU