"Liberdade não é a ausencia de compromissos, mas a capacidade de escolher sua tarefa"

domingo, 30 de março de 2014

Palavra de Médico

Dr.  Rogério  M. Alvarenga 
Médico - CRM-RJ 23.389-0

Dieta Ortomolecular, nova mania entre as celebridades mais em forma do país, pode ser a solução para muitas pessoas que precisam perder peso. AMedicina Ortomolecular, um ramo da Medicina, não é uma simples dieta da moda, busca, antes de tudo, reequilibrar o organismo do paciente, o que faz do emagrecimento conseqüência natural do tratamento.

Mas o que faz essa dieta atrair tanta gente? A princípio, é
 difícil encontrar uma grande diferença em comparação com outros regimes. O cardápio é parecido com o da “Reeducação Alimentar”, a orientação mais moderna dada pelos Médicos aos gordinhos. Tanto na Ortomolecular quanto na reeducação, come-se várias vezes ao dia porções pequenas e pouco calóricas. Por isso, dá-se preferência a frutas, legumes, verduras, peixes, aves e cereais integrais. Recomenda-se também restringir o consumo de carne vermelha, ovos e frituras. Tiram-se ainda da mesa os doces, enlatados e alimentos industrializados. A Dieta Ortomolecular visa nutrir adequadamente o organismo, repondo as perdas decorrentes do desgaste natural, bem como as deficiências geradas pelo empobrecimento natural nutricional dos alimentos industrializados. Também se destina a limpar a organismo de substâncias tóxicas, os famosos Radicais Livres, responsáveis pelo envelhecimento dos tecidos e por uma série de alterações causadoras da maioria das doenças conhecidas. Com a Terapia Ortomolecular regulariza-se o funcionamento orgânico, levando-o a manter-se saudável e a restabelecer a sua natural possibilidade de organização e cura dos desequilíbrios. 

Até aí, como se vê, nada de mais. A diferença está na combinação desse “feijão-com-arroz”
 com a teoria-base da Medicina Ortomolecular. A tese central deste
método é a de que a vida corrida de hoje impede a ingestão adequada de vitaminas, sais minerais e aminoácidos (pedaços de proteína), nutrientes essenciais para o corpo. De fato, as vitaminas e os minerais, por exemplo, combatem os radicais livres, moléculas que apressam o envelhecimento celular. Por isso, segundo a técnica, é preciso dar ao organismo uma suplementação dessas substâncias para que as células reencontrem sua energia. Orthos, aliás, vem do grego, e significa correto. Seria algo como “moléculas no funcionamento certo. De acordo com a Dieta Ortomolecular, ao equilibrar a disposição desses compostos e garantir uma alimentação saudável, o metabolismo melhora, facilitando a perda de peso. O método também aumenta a qualidade de vida do paciente, assim como melhora a disposição física, a pele, os cabelos e pode até melhorar a libido.. 

Muitas das vezes somente a reeducação alimentar não é suficiente, pois nem sempre o paciente consegue absorver todas as substâncias presentes nos alimentos, pois existem pessoas que não conseguem absorver o cálcio do leite e do queijo, por exemplo. Nesses casos, é preciso buscar outra fonte da substância, e aí que entram os suplementos nutricionais, complementando a Dieta com os minerais e as vitaminas que estão fazendo falta à pessoas, além de estimulantes de liberação do Hormônio de Crescimento (Pro-hGH).

Fome Oculta
É a carência de vários nutrientes essenciais, mas que não percebemos, porque o nosso mecanismo seletivo cerebral está prejudicado. O cérebro apenas identifica que há uma uma falta e isso gera uma fome descontrolada por qualquer tipo de alimento principalmente os que aumentem rapidamente os níveis de glicose no sangue, como os açúcares e gorduras. Daí, cria-se um círculo vicioso: quanto mais fome oculta, mais alimentos inadequados, em quantidade e qualidade, mais distúrbios no metabolismo, mais fome oculta.
Alimentos tóxicos, refinados e industrializados lesam a parede do intestino. É nela que regula-se a maioria dos neurotransmissores ligados às sensações de fome, saciedade, seletividade dos alimentos, ao ritmo metabólico, bem como as sensações de prazer e bem-estar. É o nosso “outro cérebro”, nosso grande centro regulador. Essa lesão gerará ganho de peso, depósitos de gordura nas artérias e inúmeras doenças decorrentes desses distúrbios.

Fica claro que o ponto central da Terapia Ortomolecular é a busca pelo bem-estar, pela prevenção de doenças. A função da Ortomolecular não é só a de combater doenças, mas também de fortalecer o organismo, para que ele tenha melhores condições de reagir contra males que o acometem. Desta forma, colabora para a melhora dos mais diversos problemas como diabetes, depressão, obesidade, falta de memória, desinteresse sexual, osteoporose, intoxicações, doenças reumáticas e cardiovasculares.

Você é o que come

 

Mapa da Gordura

 

ALIMENTOS   SAUDÁVEIS

  • Maçã: tem Pectina, agente natural que combate a gordura e metais pesados.
  • Soja: contém Lecitina e as Isoflavonas; São um escudo protetor.
  • Aspargo: esse vegetal tem um alcalóide conhecido como Asparagina que estimula os rins e decompõe a gordura.

  • Cenoura: fonte de Betacaroteno (que vai formar a vitamina A), ativa o metabolismo.
  • Aipo: fresco, cru, possui uma alta concentração de Cálcio.
  • Tomate: rico em em Licopeno e vitamina C e em ácidos cítricos naturais, estimula os rins.
  • Banana; fonte de potássio, vitamina B6 e biotina.
  • Feijão: fonte de carboidratos complexos.
  • Pimentão: quantidade de Vitamina C maior do que a da laranja.
  • Sementes: ricas em Zinco e proteínas.
  • Germe de Trigo: rico em vitaminas do complexo B, principalmente a B6.
  • Cevada: rica em fibras solúveis. Usar a cevada em saladas e sopas.
  • Mamão Papaia: enzima digestiva.
  • Blueberries: uma fonte importante de Manganês.
  • Alfafa: fonte de vitamina K, importante para o fluxo sanguíneo. Rica em Cálcio, Potássio, Fósforo, Nitrogênio e Magnésio, aumentando a energia.
  • Cebola: proteção contra coágulos sanguíneos.

 

Dieta balanceada mantém a regulagem de energia no cérebro


Segundo pesquisa feita em novembro de 2011 na Universidade de Cambridge (Inglaterra), ter uma dieta balanceada consiste em ingerir os diferentes grupos alimentícios na quantidade certa. Isso ajuda a manter as funções dos órgãos em geral e o peso ideal. Um estudo publicado na edição da última A chave é uma substância conhecida como Orexina ou Hipocretina, encontrada em alguns neurônios. Essa substância é um dos principais reguladores que mantêm o corpo desperto, e tem importante atuação também no equilíbrio de energia.

Pesquisas anteriores indicavam que a produção dessa substância era estimulada unicamente pelos açúcares – não só os presentes nos doces, mas também massas, pães e outros alimentos. O estudo atual mostra que os aminoácidos, que formam as proteínas – predominantes nos alimentos de origem animal.

Os dados apóiam a idéia de que os neurônios da Orexina/Hipocretina estão sob o controle de açúcares e proteínas 
simultaneamente. O interessante é que, embora os efeitos comportamentais estejam além do escopo dessa pesquisa, esse modelo celular é consistente com relatórios que dizem que refeições ricas em proteínas são mais eficazes que as ricas em açúcar para estimular as pessoas.

Mau humor leva ao apetite por comidas gordurosas
Quando o estado emocional é agradável opções saudáveis ficam mais atraentes
 
As pessoas ficam mais propensas a comer junk food quando estão de mau humor, de acordo com estudo feito pela Universidade de Delaware. Quando o estado emocional é agradável as opções saudáveis ficam mais atraentes. 

De acordo com a equipe de pesquisa norte-americana, um estado de espírito otimista se relaciona ao pensamento sobre o seu futuro e, por conta disso, existe o reconhecendo dos benefícios em longo prazo do consumo de alimentos nutritivos. Já o mau humor leva à busca de uma recompensa imediata por meio da comida.

O bom humor faz com que as pessoas pensarem em uma vida saudável na velhice, portanto, os cuidados com a alimentação são maiores, concluíram os estudiosos.

 

Os Neurônios da obesidade
 

Um trabalho científico apresentado em início de junho de 2012 mostrou que pesquisadores norte-americanos descobriram um tipo de célula nervosa produzida no hipotálamo que, em excesso, dificulta a perda de peso mesmo quando se faz dieta e se pratica exercícios físicos.

Dieta seguida à risca, exercícios físicos integrados à rotina, exames clínicos sem alterações e nada de perder os quilos extras. Nesse caso, o problema com a balança pode estar em um processo químico dentro da cabeça. Pesquisadores da Universidade Johns Hopkins University School, dos Estados Unidos, descobriram neurônios em uma parte do cérebro conhecida como hipotálamo — área associada a funções como o controle da temperatura e do sono — que têm relação com o excesso de peso.

Durante muito tempo, os cientistas acreditaram que a capacidade do cérebro, mesmo em idade adulta, de produzir neurônios — processo chamado de neurogênese — ocorria em apenas duas áreas: no hipocampo, principal 
sede da memória, e no bulbo olfatório, responsável pelo cheiro. O início da descoberta de que células 
nervosas poderiam surgir no hipotálamo ocorreu em 2005. A partir dessa pesquisa e de outros estudos 
recentes, a equipe de Johns Hopkins se perguntou qual era a fonte e a função da neurogênese nessa região do 
cérebro. Aliaram o experimento ao fato, também comprovado em estudos anteriores, que animais que ingerem uma 
dieta muito calórica têm um risco significativamente alto de apresentar obesidade e síndrome metabólica 
quando adultos.

Os pesquisadores submeteram, então, camundongos a uma dieta calórica e começaram a procurar em uma parte 
particular do hipotálamo quantidade anormal de crescimento de células, o que evidenciaria a neurogênese. 
Enquanto as cobaias mais novas não mostraram alteração quando comparadas com camundongos que consumiam uma 
dieta normal, a produção de neurônios e células quadruplicou em adultos que comiam constantemente alimentos 
calóricos desde quando foram desmamados.

Quando a equipe de cientistas eliminou os novos neurônios produzidos no cérebro dos camundongos, os bichos 
ganharam menos peso e gordura se comparado aos animais que tiveram a mesma dieta e as novas células ativas, 
sugerindo, desse modo, que esses neurônios tinham um papel crítico na regulação do peso e no armazenamento 
de gordura.

As pessoas pensam, tipicamente, que o crescimento de novos neurônios no cérebro é uma coisa boa, mas isso é 
apenas uma forma de o cérebro modificar comportamentos. A neurogênese hipotalâmica é, provavelmente, um 
mecanismo que evoluiu para ajudar animais primitivos a sobreviver, incluindo os nossos ancestrais. Os selvagens que encontraram uma fonte rica e abundante de alimento seriam predispostos a comer o máximo que eles conseguiam, já que esse cenário é escasso na natureza.

Entretanto, no caso das cobaias, assim como para pessoas em cidades desenvolvidas, que têm acesso mais fácil à comida, esse processo de neurogênese não é necessariamente benéfico, pois poderia encorajar o ganho excessivo de peso e o estoque de gordura.

É possível que, no futuro, sejam desenvolvidas técnicas para a inibição da neurogênese hipotalâmica e se os 
dados obtidos puderem ser extrapolados para humanos, a descoberta será uma arma no tratamento contra a 
obesidade. Isso porque o estudo mostrou que a neurogênese hipotalâmica aumentada em camundongos leva a menor 
gasto energético, maior estocagem de gordura e ganho de peso.

Entretanto os dados obtidos ainda são preliminares e hipotéticos, sendo que o conteúdo apresentado é fruto 
de estudos em um grupo de camundongos. A condução no ser humano é prematura e sem aplicabilidade neste 
momento”, opina. Para ele, o passo que os cientistas devem dar para que a idéia seja concretizada em humanos 
é distante, pois ainda são necessárias comprovações semelhantes da descoberta na fisiologia humana e sua 
aplicabilidade nos pacientes obesos, apesar dessa pesquisa ser interessante porque pretende compreender os 
mecanismo de neurogênese, que ainda é um desafio para a medicina.

É provável que essa pesquisa ajude a explicar casos de pacientes que, mesmo se esforçando, não conseguem 
perder peso, pois há pessoas que procuram Médicos para emagrecer, fazem exames hormonais que não indicam 
alterações e, ainda assim, não conseguem. Mas isso não é tão simples assim. Há transformações metabólicas 
acontecendo sempre e o artigo sugere um impacto dos neurônios na regulação de energia, que tem influência na 
capacidade de a pessoa emagrecer ou não.

Se os dados obtidos puderem ser extrapolados para humanos, a descoberta será uma arma no tratamento contra a 
obesidade.
 


 

 

Síndrome do comer noturno

A síndrome do comer noturno é uma alteração mista entre transtorno do sono e transtorno do humor. Tipicamente, as pessoas comem à noite mais da metade das calorias totais que usam ingerir nas 24 horas, mas mesmo pessoas que comem normalmente durante o dia podem ter o transtorno. Às vezes, elas comem à noite numa espécie de estado sonambúlico, durante o qual “atacam a geladeira” e depois de acordados não se lembram do que fizeram. Depois de comerem, podem pegar no sono novamente e voltar a acordar uma ou mais vezes durante a noite, só conseguindo voltar a dormir se comerem novamente. Pela manhã, perdem o apetite e alimentam-se pouco, o que pode gerar um estado de fraqueza, mudança de humor e ansiedade ao longo do dia.

A tríade sintomática característica desta síndrome foi inicialmente descrita como:

  1. Fome Excessiva
  2. Insônia.
  3. Inapetência durante o dia.

Não há uma causa específica estabelecida. Ao contrário de muitas condições psicológicas, aqui não há uma tendência genética para o aparecimento desta condição. A síndrome do comer noturno envolve alterações da química cerebral, do hormônio Melatonina (hormônioque regula o sono) e da Leptina (proteína que suprime o apetite), entre outros.

A síndrome do comer noturno é caracterizada por excessos alimentares que geralmente ocorrem pela madrugada, longe da censura das demais pessoas, acompanhados de perda do controle e de sentimentos posteriores de culpa.

As pessoas com síndrome do comer noturno em geral ingerem à noite uma quantidade de alimento maior do que durante o dia, com preferência por alimentos gordurosos e ricos em carboidratos. Apresentam também uma piora de humor à noite.

Não existe um tratamento específico para a síndrome do comer noturno. Indica-se psicoterapia cognitivo-comportamental e medicações para corrigir a insônia e melhorar o humor. Enquanto o transtorno não seja corrigido, uma providência pode ser deixar à mão, durante a noite, opções alimentares leves, como gelatina diet, por exemplo.

Como prevenir a síndrome do comer noturno:

  • Alimentar-se adequadamente durante o dia.
  • Fazer atividades físicas regulares e ter hábitos de vida saudáveis.
  • Cuidado com as dietas restritivas, porque elas podem aumentar a fome noturna.

A síndrome do comer noturno pode levar à obesidade e ao diabetes tipo 2 e às suas possíveis complicações.

 

 

ORTOREXIA  NERVOSA

A ortorexia não foi reconhecido como diagnóstico no manual de psiquiatria, DSM-IV, porém apresenta atualmente mais de 30 trabalhos científicos e deve ser considerado com critérios diagnósticos definidos num futuro próximo,  provavelmente dentro do  DSM-5 ou no DSM-6.

A pessoa ortoréxica, inicia uma busca obsessiva por normas (ou regras) de alimentação saudável. As informações são obtidas através dos meios de comunicação porém são informações distorcidas e exageradas para ficar saudável. Dessa forma, acaba excluindo muitos alimentos, por exemplo, começa com aqueles considerados impuros, como corantes, conservantes, gorduras trans, açúcar, sal, com agrotóxicos, pesticidas, alimentos transgênicos, entre muitos outros. Isso leva até a exclusão de grupos de alimentos considerados importantes para uma nutrição adequada podendo levar a quadros de carências nutricionais ou subclínicos (fome oculta, déficit de vitaminas e micronutrientes, anemia, ostopenia, entre outros).

Também associa uma preocupação com a forma de preparo e os utensílios utilizados na preparação dos alimentos. Comer fora de casa é considerado um problema ,evitam reuniões sociais e jantares para não “cair na tentação” de ingerir outro tipo de produto e pesam os alimentos e sentem “grande culpa se quebrar as regras”, e pelo contrário sentem uma sensação confortável ao fazer um prato elaborado exclusivamente com produtos orgânicos,ecológicos, bio ou com determinados certificados de salubridade. Acabam se isolando para conseguir se alimentar dessa forma saudável ou com alimentos considerados “puros” em casa,  não aceitando comer em restaurantes e dessa forma acabam deixando de sair com os amigos ou namoradas/os. A dieta “saudável” acaba tomando conta da sua vida.

O problema é que a pessoa ortoréxica não procura ajuda porque acredita que está fazendo a escolha certa. Na prática clínica, os pacientes com ortorexia atendidos nos consultórios ambulatoriais, foram encaminhados pelos familiares, principalmente as mães, que acreditavam que existia “algo de errado” na alimentação do familiar “ortorexico”. Nesses pacientes, na consulta nutrológica foi realizado uma anamnese alimentar abrangente para procurar determinar a omissão de grupos de alimentos, assim como no exame físico, o aparecimento de alguns sinais de falta de nutrientes (queda de cabelo, unhas quebradiças , entre muitos outros). Também foi realizada uma investigação laboratorial procurando e observando vários déficits de nutrientes que precisaram de suplementação e de adequação na dieta  (de acordo ao sexo, a idade, momento evolutivo, as atividades que realiza, entre muitas outras, que precisam ser consideradas) que a pessoa ortoréxica estava realizando. Com alguns desses pacientes, também foi observada a necessidade de um encaminhamento para uma psicoterapia .

Na prática clínica também, observamos que  em algumas das pacientes  que tiveram um diagnóstico de anorexia nervosa ou bulimia nervosa no passado foi  possível observar a passagem para um quadro com características ortoréxicas antes da sua recuperação. É importante lembrar aqui, que quando um paciente se recupera de um TCA, comenta que está comendo “normal” e sem alimentos proibidos, participando do lado social da alimentação e sendo “flexível”.

Ainda não sabemos qual a prevalência deste distúrbio na população geral, porém alguns grupos foram identificados nos últimos trabalhos científicos. Dentro deles, aparecem os atletas, esportistas, os artistas, os médicos e as nutricionistas.

“Comportamentos nutrológicamente desequilibrados merecem toda a atenção e o aconselhamento alimentar e nutrológico adequado”

 

 

Saiba quais são os remédios que podem engordar

Quando o médico receita um medicamento, não dá para fugir: é a saúde que está em jogo. Vários medicamentos, no entanto, carregam efeitos colaterais. Alguns podem até engordar, por conta do aumento da fome.

Não se pode parar com a medicação por conta dos quilos a mais, pois é o problema de saúde que está em primeiro lugar. Existem medicamentos que engordam na maioria das vezes, mas isso não quer dizer que todas as pessoas que tomarem vão engordar.

Além disso, há, na maioria das vezes, outras opções a um medicamento que está causando um efeito indesejado em uma pessoa.

Veja quais são os medicamentos que podem engordar:

Antidepressivos - Os inibidores da monoamina oxidase e o carbonato de lítio costumam aumentar muito a fome de quem toma. A boa notícia é que a tecnologia farmacêutica tem atenuado esse efeito colateral. Os antidepressivos mais antigos causam mais fome. Hoje em dia, os novos medicamentos como a fluoxetina, escitalopran, citalopran não causam esse problema.

Antipsicóticos  as famosas drogas para controle de transtornos de humor (clozapina, olanzapina, risperidona e quetiapina), ao atuar no sistema nervoso, também estimulam a fome. Os antipsicóticos podem provocar algumas alterações em nível celular, alterando o metabolismo da glicose. Alguns deles estão associados com o começo do aparecimento do diabetes, que é o que se chama de intolerância ao metabolismo da glicose. Não significa que é diabetes. Caso isso aconteça, o paciente deve avisar o médico para que este busque outras opções de remédios.

Corticóides - são os que mais engordam e, no caso deles, não há como fugir. O médico costuma receitar para quem tem doença autoimune ou alérgica, sendo preciso tomar com frequência. A cortisona aumenta o peso porque aumenta a fome, a retenção de líquidos. É importante lembrar que é um medicamento que salva vidas. Se uma pessoa tem uma reação alérgica, pode até morrer. A cortisona ajuda a reverter este quadro. Se o paciente tomar demais, pode alterar o metabolismo. Pacientes que tomam doses altas de corticoide por um tempo prolongado podem ganhar até 20 quilos em um ano. A cortisona piora o funcionamento do hormônio insulina. A sensação é de um descontrole de fome. Isso só acontece quando o uso é crônico, por mais de um mês. Em quem toma esporadicamente, não acontece nada.

Pílula anticoncepcional - as formuladas à base de estrógeno levam ao aumento de peso por retenção de líquidos. A dica é pedir ao ginecologista que receite as que contêm progesterona. O estrógeno pode, eventualmente, alterar o metabolismo, deixando a pessoa um pouco menos saciada. Fome é a sensação que você precisa comer, é aquela sensação de estômago vazio. A saciedade é a questão da gula, que é quando se comem sem necessidade. É isso que o estrógeno causa em alguns casos.

Anti-hipertensivos  os mais antigos podem aumentar o peso por retenção de líquidos. Reter líquidos é diferente de ganhar gordura. Mas é só trocar o remédio que o problema acaba.
 

Se a fome causada pelos remédios é impossível de burlar, dá para optar por alimentos que ajudam a controlar as crises de gula. 
 

Veja a lista:

Vitamina C  algumas propriedades dos alimentos ricos em vitamina C ajudam a diluir a gordura, fazendo com que o organismo elimine com mais facilidade.

Pectina, também presente nos alimentos que contêm vitamina C, é uma fibra que faz com que o açúcar seja absorvido mais lentamente, o que impede que ele se transforme em gordura. A pectina está presente na maçã, pêra, pêssego e frutas cítricas.

Fibras solúveis  Presente na aveia, feijão, maçãs, frutas cítricas, ervilhas, legumes, elas incham com a água e aumentam o bolo alimentar, fazendo com que o organismo fique ocupado fazendo a digestão, deixando a pessoa com sensação de saciedade mais tempo.

Carnes  Por ser fonte de vitamina B12, elas ajudam a queimar gorduras.

Pimenta-vermelha  Contem capsaicina, que é termogênica e aumenta a produção dos hormônios que diminuem o apetite e, consequentemente, a quantidade de alimento ingerida numa refeição.

Alho a Alicina  o composto que dá o aroma ao alho dificulta o ganho do peso.

Cenoura Comer cenoura e beber água antes das refeições a cenoura reduz o apetite e a água, além de também reduzir o apetite, acelera o metabolismo.

Linhaça  contém fibras solúveis e ácidos graxos, que ajudam a manter a energia e saciedade.

Salada  recomenda-se que se comece uma refeição com uma salada. O cérebro leva cerca de 20 minutos para receber sinais do estômago dizendo que está cheio.

Amêndoas - elas contêm antioxidantes, magnésio e vitamina E, e aumentam a sensação de saciedade.

Café  ele ajuda o metabolismo a acelerar e controla a fome, se consumido com moderação. Esse efeito se dá por conta da cafeína e dos antioxidantes. O café deve ser consumido puro.

Gengibre  além de ser termogênico, o gengibre melhora a digestão e reduz a fome.

Abacate  a gordura do abacate manda sinais de saciedade ao cérebro, fazendo com que a pessoa perca o apetite mais rápido.

Maçã  excelente controladora da gula. A maçã é capaz disso por conter fibras, pectina, aumentar os níveis de energia, pois pela mastigação o cérebro entende que a pessoa está comendo e envia sinais de que está saciado.

Batata-doce  ela tem algumas substâncias que são resistentes às enzimas digestivas, portanto a digestão é mais lenta, o que confere saciedade por mais tempo.

Tofu  o queijo popular na cozinha oriental é fonte de isoflavonas e proteínas, que reduzem o apetite.

Aveia  é rica em carboidratos, mas mesmo assim demora pra ser digerida  mantendo a saciedade. Ela também tem o poder de suprimir o hormônio grelina, responsável pela fome.

Canela  ajuda a diminuir os níveis de açúcar no sangue, além de aumentar o metabolismo.

Leite desnatado  para as mulheres que sofrem de TPM, o leite desnatado é um aliado, pois reduz a vontade de comer doces e carboidratos.

 

Por que fumar maconha dá fome?

 

Em algumas regiões do Brasil, o termo “larica” se refere a qualquer lanche, a uma refeição, a uma boquinha. Já em outras, a palavra é carregada de um significado mais específico: a intensa vontade de comer que toma conta do usuário de maconha após consumir a planta.

A causa do aumento do apetite, conforme um estudo internacional publicado na revista Nature Neuroscience, não está ligada a nenhum componente secreto da maconha. A substância responsável pelo fenômeno é o principal ingrediente da erva, o tetraidrocanabinol (THC).

De acordo com os experimentos realizados em ratos, o THC aguça a percepção dos bulbos olfatórios. Isso coloca o organismo em um grau apurado de sensibilidade para o olfato e também o paladar. Cheiros e sabores ganham relevância no cérebro, o que estimula a vontade de comer.

Os camundongos submetidos à pesquisa foram divididos em dois grupos. Alguns receberam doses de THC, enquanto outros não. A todos, foram oferecidas porções de banana e óleo de amêndoas. Os cientistas puderam observar, então, que os ratos sob efeito do ingrediente da maconha gastavam mais tempo cheirando o alimento, e comiam mais do que o outro grupo.

O cérebro só reconhece a ação do THC se possuir o endocanabinoide, receptor da substância. Em seres humanos, o sistema endocanabinoide tem um papel importantíssimo, ajudando a controlar dor, emoções, sensibilidade e memória, além do apetite. É por esta razão que o uso da maconha causa tantas alterações peculiares.

Alguns dos ratos usados nos testes foram geneticamente modificados para não possuir os receptores endocanabinoides. No caso deles, o THC não produziu nenhum efeito.

A “maconha” do nosso corpo é o que

nos faz comer muita gordura 

Você já deve ter ouvido falar que fumar maconha dá fome. E mais surpreendente nem é essa informação, mas sim o que um novo estudo descobriu: o fato de que, quando você começa a comer batata frita, não consegue parar porque os alimentos gordurosos acionam o organismo para produzir substâncias químicas muito parecidas com as encontradas na maconha.

Esses produtos químicos, chamados “endocanabinóides”, fazem parte de um ciclo que faz você continuar comendo porcarias sem parar.

Segundo os pesquisadores, a sinalização endocanabinóide no intestino tem um papel importante na regulação da nossa ingestão de gordura. O estudo descobriu que a gordura no intestino provoca a liberação de endocanabinóides no cérebro: e ele não é o único órgão que faz produtos químicos naturais parecidos com a maconha.

A pele humana também os produz. Canabinóides na pele podem desempenhar o mesmo papel que têm nas plantas: proteção oleosa contra o vento e o sol.

Os endocanabinóides também são conhecidos por influenciar o apetite e o paladar – o que explica a “larica” das pessoas quando fumam maconha.

No estudo, os pesquisadores equiparam ratos com tubos que drenam o conteúdo de seus estômagos. Esses tubos permitiram que os pesquisadores disessem se a gordura estava agindo sobre a língua ou no intestino.

Os ratos tomaram um milkshake saudável, uma solução de açúcar, um líquido rico em proteína chamado peptona, ou uma bebida rica em gordura feita de óleo de milho. Em seguida, os pesquisadores anestesiaram e dissecaram os ratos, rapidamente congelando seus órgãos para análise.

Açúcares e proteínas não afetaram a liberação de substâncias químicas naturais parecidas com a maconha, mas a gordura sim.

Os resultados mostram que a gordura sobre a língua dispara um sinal para o cérebro, que repassa uma mensagem até o intestino por meio de um feixe de nervos, que comanda a produção de endocanabinóides no intestino, que por sua vez acionam uma cascata de sinais com a mesma mensagem: comer, comer, comer!

Segundo os pesquisadores, no passado, essa mensagem foi útil para os mamíferos. Gorduras são cruciais para a sobrevivência, e elas eram difíceis de obter na dieta de mamíferos. No mundo de hoje, no entanto, onde há uma gama tão grande de junk food em cada esquina, o nosso amor evolutivo pela gordura é um tiro que sai pela culatra.

A boa notícia é que a descoberta pode ajudar os pesquisadores a desenvolver novas terapias. Bloqueando a recepção de sinais de endocanabinóides, os médicos podem ser capazes de quebrar o ciclo que leva as pessoas a comerem alimentos gordurosos em excesso.

Os cientistas alertam que bloquear os receptores endocanabinóides no cérebro também pode causar ansiedade e depressão, mas um medicamento projetado para atacar apenas o intestino pode não provocar tais efeitos colaterais negativos.

 

Os piores inimigos da dieta são os seus amigos

O sucesso de uma dieta depende de mais do que apenas força de vontade e autocontrole. O que faz uma pessoa ter uma recaída ou abandonar sua meta?
Foi o que uma pesquisa da Universidade de Birmingham, no Reino Unido, queria descobrir.
Os cientistas estudaram os fatores sociais e ambientais que fazem as pessoas largarem sua dieta (mesmo que momentaneamente) e não resistirem à tentação.
 

Oitenta pessoas que faziam parte de um grupo de perda de peso ou estavam fazendo dieta por conta própria participaram do estudo de uma semana. Eles receberam telefones celulares nos quais tinham que manter um diário eletrônico de todas as tentações que cruzavam seu caminho, e como lidavam com elas.
 

Isso ajudou os pesquisadores a fazer um registro completo em tempo real, conhecido como “avaliação momentânea ecológica”, das tentações e lapsos da dieta dos participantes.
O resultado? A presença de amigos, desejos tarde da noite ou a tentação do álcool muitas vezes foram simplesmente fortes demais para resistir.

Os participantes caíram na tentação pouco mais de 50% das vezes em que passaram por uma, e eram especialmente vulneráveis à noite. Eles eram mais propensos a ceder a tentações alcoólicas do que comer um alimento açucarado ou comer mais do que o programado.
Sua força de vontade também foi influenciada pela presença de outros, como os amigos, independentemente da tentação na dieta ser inesperada ou se a pessoa já estava à procura de algo para comer. Quanto mais forte a tentação da dieta, mais provável um participante era de ceder a ela.


Ter amigos mais pesados aumenta suas chances de engordar

 Está de dieta? Passe um tempo sem ver seus “amigos de peso”. A sugestão é de um grupo de pesquisadores da Universidade Loyola de Chicago (EUA), que estudou como o círculo de amizades pode influenciar o peso de uma pessoa.
Em sua pesquisa, eles usaram dados coletados em duas escolas pelo Estudo Nacional Longitudinal de Saúde do Adolescente entre 1994 e 1996 nos Estados Unidos. Foram entrevistados 624 estudantes na primeira (Jefferson High) e 1.151 na segunda (Sunshine High). Na época, os jovens eram questionados sobre seu peso, suas amizades, atividades esportivas e sobre o tempo que passavam vendo TV. O peso e a altura eram usados para calcular seu índice de massa corpórea (IMC) – 25 indica sobrepeso e 30 indica obesidade.
Ao analisar os dados, os pesquisadores da Universidade Loyola encontraram um possível vínculo entre os grupos de amigos e as chances de o estudante ganhar ou perder peso. Por exemplo, se um jovem com sobrepeso tivesse amigos próximos abaixo do peso (IMC 20), havia 40% de chances de que seu próprio IMC iria diminuir no futuro e 27% de chance de que iria aumentar. Em contrapartida, se os amigos fossem obesos (IMC 30), as chances se invertiam: 56% de que o IMC aumentaria, contra apenas 15% de que diminuiria no futuro.
Mesmo levando em conta que uma pessoa tende a escolher amigos parecidos com ela (nesse caso, seria natural que um grupo de amizade reunisse gente com tendência a ganhar peso), a influência social ainda é um fator de peso (com o perdão do trocadilho) na saúde das pessoas.
Os resultados podem ajudar a encontrar formas mais eficientes para se tratar a obesidade entre adolescentes e jovens, levando em conta seus círculos de amizades.

10 atitudes que acabam com sua dieta

1 – Comer em situações sociais

Comer fora de casa, em restaurantes ou em festas, é sempre um problema. As opções gostosas e pouco saudáveis atrapalham a escolha por comidas saudáveis, ainda mais quando você está rodeada de pessoas. Nos sentimos menos culpados ao pedir uma porção de fritas ou uma sobremesa “tamanho família”, quando todos em volta também o estão fazendo. A melhor coisa a se fazer é ter plena consciência de suas escolhas. Peça meia porção, ou leve metade da sua comida para casa para comer no outro dia.

 

2 – Pular o café da manhã

 

 Pular qualquer refeição, especialmente o café da manhã, é ruim. Um café da manhã balanceado é a melhor maneira de ligar seu metabolismo no máximo e te dar a energia necessária para passar o dia. Sua cintura agradecerá.

 

 

3 – Compensar exercícios com comida

 

Esse é um erro comum: você corre na esteira por 40 minutos e depois pensa que, por isso, merece um sorvete. A regra é clara: para perder peso você precisa queimar mais calorias do que consome. Ao invés de se recompensar com um pacote de bolacha, espere até aquela calça apertada servir em você!

 

 

4 – Pensar que salada é a melhor opção

 

Só porque você lê a palavra “salada” no cardápio, isso não significa que ela seja a opção mais saudável, pois ela pode esconder algumas armadilhas, como molhos gordurosos, frango frito, queijo… Escolhe direito, leve tudo em consideração.

 

5 – Eliminar os carboidratos totalmente

 OK, as dietas radicais, com pouquíssimos carboidratos, realmente exterminam os quilos extras. Porém, no momento que você volta a consumi-los, o peso rapidamente volta. É melhor reduzir a quantidade, e não eliminá-los totalmente das suas refeições. Sem contar que os carboidratos são uma fonte saudável de energia para os exercícios físicos.

 

6 – Comer muito rápido

 

Calma! Terminar de comer antes de seus amigos não vai lhe render um troféu. Diminua o ritmo e dê ao seu corpo a oportunidade de se sentir satisfeito. Quando você devora a comida é mais difícil perceber quando se está “cheio”. É bem capaz que você coma além da conta e ainda arremate uma sobremesa porque não teve tempo de sentir que aquela refeição já foi o suficiente.

 

7 – Consumir calorias líquidas

 

As pessoas pensam que só comida engorda. São muitas opções: sucos cheios de açúcar, capuccinos, frappuccinos, milkshakes… Eles não são refeições, mas são bombas de calorias esperando para explodir. Por que não guardar essas calorias para alimentos que vão realmente matar sua fome e fazer bem?

 

 

8 – Não equilibrar as porções

 

Você pode pensar que está consumindo umas 120 calorias comendo uma porção de pipoca no cinema, mas, na verdade, acabou de ingerir cerca de 500. Por que? Por causa do valor nutricional. Uma porção de pipoca só tem 120 calorias se você realmente comer uma porção. Na dúvida, veja quantos gramas tem a porção e meça.

 

 

9 – Comer quando se está distraído

 

Comer é por si só uma atividade, então, não faça outras tarefas durante a refeição. Dirigir, trabalhar, assistir TV, entre outros, são coisas que você não precisa fazer enquanto come. Você vai distrair completamente do que está “mandando para dentro”, resultando em calorias extras.

 

10 – Pesar com muita frequência

 

Essa é uma ótima estratégia para observar como o seu corpo vem reagindo às mudanças que está fazendo e para ajudá-la a controlar cada vez melhor a alimentação. Agora, não desanime se os ponteiros não descerem tanto quanto você gostaria, de um dia para o outro. Por outro lado, se eles não pararem de subir, interprete como um sinal claro de que algo está errado e de que é preciso se esforçar mais com a sua dieta ou, então, checar se está tudo em ordem com a sua saúde.


A Melatonina, o sono e a saúde

Por que precisamos dormir em total escuridão

O quarto moderno é cheio de luzes e dispositivos eletrônicos, de monitores de computador a rádios-relógio, além, é claro, do quase onipresente smartphone vibrando e brilhando ao lado da cama. O que a ciência tem a nos dizer, no entanto, é que a exposição crônica à luz durante a noite leva a uma série de problemas de saúde.

Para entender por que a exposição crônica à luz durante a noite é tão ruim, é preciso considerar a evolução humana. Antes do fim da Idade da Pedra, os seres humanos só eram expostos a dois tipos diferentes de luz natural, responsáveis pela regulação do ritmo circadiano – durante o dia, tinha o sol, enquanto à noite, havia a lua e as estrelas, e talvez a luz de fogueiras. Esse padrão binário de dia/noite configurava toda a nossa programação biológica.

Hoje, temos iluminação artificial à noite (IAN). Essa iluminação interior é consideravelmente menos potente do que a luz solar, mas ainda muitas ordens de magnitude maior do que a luz das estrelas e do luar – uma diferença que influencia uma série de reações bioquímicas críticas ligadas a periodicidade de luz, incluindo a produção de Cortisol e Melatonina.

A Melatonina, o sono e a saúde

A supressão de Melatonina é chave para entender muito do porquê IAN faz mal para nós. Este composto bioquímico é produzido pela glândula pineal do cérebro durante a noite, quando está escuro, para regular o nosso ciclo de sono-vigília.

Ele reduz a pressão arterial, os níveis de glicose e a temperatura do corpo – respostas fisiológicas que são as principais responsáveis por um sono reparador.

A parte do cérebro que controla o relógio biológico é o núcleo supraquiasmático (SCN), um grupo de células no hipotálamo. Estas células respondem aos sinais claros e escuros. Os nervos ópticos em nossos olhos percebem a luz e transmitem um sinal para o SCN, dizendo ao cérebro que é hora de acordar.

Esses sinais também iniciam outros processos, como o aumento da temperatura corporal e a produção de hormônios como o cortisol (o do estresse). Os nossos níveis de cortisol são relativamente baixos durante a noite, permitindo-nos dormir, e mais elevados durante o dia, permitindo a estabilização dos níveis de energia e a modulação da função imunológica.

IAN eleva os níveis de cortisol à noite, o que perturba o sono e apresenta uma série de problemas relacionados com os níveis de gordura corporal, resistência à insulina e inflamação sistêmica. Também contribui para um sono ruim e uma interrupção da neuroregulação do apetite.

Quando os quartos ficam totalmente escuros à noite, nenhum sinal óptico é enviado para o SCN, de forma que os nossos corpos produzem a melatonina necessária. A exposição à luz ambiente durante as horas normais de sono suprime os níveis de melatonina em mais de 50%.

E, só para aumentar os problemas, muitos dispositivos modernos emitem luz azul de LEDs, que é especialmente eficaz na supressão de melatonina. Isto porque melanopsina – um fotopigmento encontrado em células especializadas da retina envolvidas na regulação dos ritmos circadianos – é mais sensível à luz azul.

Recentemente, cientistas alertaram estudantes universitários sobre o impacto da luz de monitores de computador sobre os níveis de melatonina. Eles descobriram que a luz do computador à noite reduz os níveis de melatonina, atrapalhando o sono. Em um estudo relacionado sobre tablets, pesquisadores disseram que é importante reconhecer que o uso de dispositivos eletrônicos antes de dormir pode romper com o sono, mesmo que a melatonina não seja suprimida – a atividade pode deixar as pessoas alertas ou estímulos estressantes podem levar à interrupção do sono.

Essa perturbação bioquímica também cria efeitos físicos, como doenças. Cientistas não sabem direito por quê, mas estudos mostram consistentemente uma correlação entre IAN e câncer. Por exemplo, um estudo de 10 anos descobriu que um grupo de mais de 1.670 mulheres expostas a uma maior intensidade de luz em seu ambiente de dormir tinham chances 22% maiores de desenvolver câncer de mama. Os pesquisadores culparam o rompimento hormonal causado pela supressão de melatonina. Perturbadoramente, isso tem implicações sombrias para trabalhadores noturnos. Estudos têm mostrado que enfermeiras com turnos à noite estão em maior risco para câncer de mama.

A luz durante a noite não precisa sequer ser brilhante para causar problemas. A exposição crônica à luz fraca já é capaz de levar a sintomas de depressão. Hamsters, por exemplo, exibiram menos interesse em beber a água com açúcar que normalmente adoram quando expostos à luz fraca à noite. Quando retornaram a uma programação normal, a depressão foi revertida.

Outro estudo, também com roedores, mostrou que a luz azul à noite, em particular, é especialmente poderosa em induzir depressão e ansiedade. IAN também pode prejudicar o humor e a aprendizagem, mais uma vez provavelmente por causa de neurônios expressando melanopsina.

A melatonina ainda tem propriedades antioxidantes, que desempenham um papel importante no antienvelhecimento.

Outros estudos ainda mostram uma ligação entre a supressão de melatonina e doença cardiovascular.

Como se não bastasse tudo isso, luz à noite também contribui para o ganho de peso, mudando o tempo da nossa ingestão de alimentos. Ratos, quando expostos a IAN, ganham mais peso – apesar de se exercitarem e comerem tanto quanto seus irmãos que dormem na escuridão.

Os cientistas também correlacionaram níveis baixos de melatonina à diabetes, embora não saibam o papel da IAN na doença.

A conclusão é bastante óbvia: precisamos manter nossos quartos os mais escuros possíveis à noite, e evitar luz azul antes de dormir. Para isso, temos que desligar todos os gadgets emissores de luz e fechar as cortinas. E, se possível, nos abster de usar computador, tablet ou smartphone nas horas que antecedem o sono. Eu sei, mais fácil falar do que fazer, mas vale a pena dormir bem e despertar sem cansaço, com disposição para enfrentar o novo dia.


 Obesidade e Stress Oxidativo

Que é Stress Oxidativo?

Se você ver uma maçã escurecida ou uma grade de ferro enferrujada, você está vendo os resultados do stress oxidativo. O mesmo processo que causa esta deterioração pode também causar a doença no corpo humano.

Radical Livre

Stress Oxidativo são os danos causados às células que ocorrem em processos metabólicos normais com a produção "de radicais livres", instáveis e moléculas eletricamente carregadas de oxigênio. Na ação de encontrar um "par" e transformar-se radicais estáveis, esses radicais livres interagem com a molécula mais próxima, alvejando proteínas, gorduras, ou mesmo DNA. Estas ações podem ser tão violentas que criam explosões da luz dentro das células. Se não neutralizadas rapidamente, podem criar mais radicais livres ou causar  danos às paredes dos vasos e das células, aos lipídeos, às proteínas, e mesmo ao núcleo (DNA) da célula e a processos que podem conduzir à morte da célula (Apoptose).

Pode-se comparar as lesões causadas pelos radicais livres aos danos que ocorrem quando as fagulhas de uma lareira voam para fora de onde há o fogo. É como se na maioria do tempo o fogo se queima normalmente, mas ocasionalmente há um "estouro" e fagulhas saltam para fora caindo no carpete. Se este processo continuar por muito tempo o carpete vai ficando "puído" , eventualmente expondo o forro e o assoalho subjacente. Em nossos corpos, esta fagulha é causada por um radical Hidroxila e o "puído" resultante pode conduzir as desordens degenerativas do cérebro como Parkinson e Alzheimer, ou às condições metabólicas como o Diabetes, Aterosclerose, doenças do coração e à Obesidade.

Sob circunstâncias normais, há um equilíbrio delicado entre a produção de radicais livres e os Anti-oxidantes, entretanto, durante períodos da produção aumentada de radicais livres, os Anti-oxidantes podem se esgotar no processo do neutralização, deixando o corpo com pouca ou nenhuma defesa no caso de um outro ataque de radicais livres. O stress oxidativo é regulado por uma combinação de fatores hereditários, do ambiente e do estilo de vida. Quando é possível influenciar o estilo de vida e alguns fatores ambientais com a dieta, a atividade física e o suplemento de anti-oxidantes, é bom, pois não podemos mudar os nossos genes. E infelizmente, muitos pessoas funcionam com um nível anormalmente elevado do stress oxidativo que poderia aumentar sua probabilidade da incidência de doenças relacionadas com a idade. Entretanto,ao melhorar nossos hábitos e os fatores ambientais pode diminuir a quantidade de radicais livres que se formam no nosso corpo, e assim, reduziria o risco de doenças degenerativas e metabólicas.

Mitocôndria

As mitocôndrias são a parte da célula responsáveispara a produção de energia e a respiração da célula.

O stress oxidativo ocorre durante toda a vida, a medida que nós envelhecemos. A fonte principal da formação dos oxidantes é pela Mitocôndria, a parte da célula responsável pela produção de energia. As mitocôndrias produzem a energia com um processo conhecido como Fosforilação Oxidativa, e com este oxigênio altamente reativo do processo, os radicais são gerados que podem subseqüentemente atacar células em nosso corpo. Os radicais livres, conhecidos também como espécies reativas do oxigênio, são somente um dos produtos da respiração da célula, mas os danos ao DNA que ocorre com elespodem, também, conduzir à produção aumentada dos radicais livres e possivelmente as mutações do DNA mitocondrial. O stress oxidativo pode também causar os danos aos lipídios e às proteínas.

Pesquisas recentes mostraram que a limitação calórica (Dieta) a longo prazo promove o longevidade e o excesso alimentar crônico (Obesidade) provoca uma circunstância que imita o processo do envelhecimento, o que explica a incidência mais elevada de processos inflamatórios, radicais livres e doenças metabólicas em indivíduos com excesso de peso. Uma pesquisa recente sobre o exercício, a dieta e o uso de Suplementos Anti-Oxidantesindica que tais intervenções reduzirão o peso do corpo, o stress oxidativo, a produção de radicais livres e os processos inflamatórios resultantes, deixando os indivíduos mais magros e mais saudáveis.

 

 

"Comer bem é uma arte que só se leva a perfeição quando se protege a saúde".

O primeiro passo é a consulta, que dura até mais de uma hora, e logo nesseAlguns do minerais presentes no cabelo primeiro encontro é feito uma análise da vida clínica, nutricional e emocional do paciente e são solicitados exames de sangue que detectam a situação nutricional do organismo.

Há também o Exame do Cabelo (Mineralograma), exame que analisa um fio de cabelo e que traz muitas informações adicionais. Esse exame é feito nos Estados Unidos, mas não obrigatório no tratamento. O exame não é exigido, mas é verdade que se a pessoa não o faz, perde-se muitos dados importantes.
 

Um dos pontos observados nesses exames é a quantidade de Radicais Livres presentes no organismo do paciente. Eles agem como uma ferrugem e lesam o corpo, desencadeando diversas doenças. Com o mapa dos Radicais Livres em mãos, fica mais fácil prever moléstias e prevenir-se delas.
 

A partir das análises dos exames, o Médico prescreve medicamentos industrializados ou
 manipuladasbuscando o equilíbrio ideal do corpo. Para cada caso, a medicação é absolutamente individual, pois cada corpo tem suas necessidades específicas. Não adianta ir à farmácia e comprar um polivitamínico qualquer porque a dosagem não será a correta, ou ir às lojas de suplementos e encher-se desses produtos sem a indicação adequada, que é um erro bem comum que ocorre principalmente nas academias de ginástica, onde muita gente costuma tomar suplementos de aminoácidos esperando emagrecer graças ao aceleramento do metabolismo que essa substância provoca. Mas o que eles não sabem é que, além do aminoácido ser a substância mais difícil de ser absorvida pelo organismo, o que exige formas especiais de tomá-lo, para funcionar, o aminoácido deve vir acompanhado das vitaminas e minerais corretos.

Nunca deve se usar aminoácidos no início do tratamento porque antes a pessoa precisa estar preparada para recebê-los e com o organismo preparado, a substância trará resultados muito melhores.

Mas como em qualquer dieta, é preciso disciplina e dedicação. Normalmente, os resultados são muito bons, mas dependem muito da pessoa não sendo tratamento milagroso.
Fome, fraqueza ou irritabilidade, sensações comuns quando se restringe alimentos, também não fazem parte do cardápio dos pacientes. Isso porque muitas vezes associa-se o uso de remédios fitoterápicos (à base de plantas) na receita. Há fórmulas para aumentar a saciedade ou diminuir o desejo por tipos de alimentos. A planta Garcínia, por exemplo, ajuda a reduzir a compulsão por doce, o Cromo auxilia a diminuir a resistência a insulina, etc. As receitas da Ortomolecular também funcionam para resolver desconfortos da Tensão Pré-Menstrual., diminuindo a vontade de comer doce nesse período. 

Mas, os benefícios só são possíveis para quem tem disciplina, como em qualquer regime; não se trata de uma fórmula milagrosa, pois antes de tudo, é preciso cuidar da alimentação e praticar
 exercícios

Na Medicina Ortomolecular, habitualmente, inibidores de apetite não fazem parte da maioria dos receituários. Mas muitas das vezes lança-se mão dessas substâncias no início do tratamento pois se o indivíduo está obeso e tem dificuldades para entrar no regime, tem-se que adotar o recurso inicialmente, porém de forma que cause o menor impacto possível ao paciente.

A perda de peso acontece graças à reeducação alimentar e ao equilíbrio nutricional promovido pelos suplementos. Esse equilíbrio soluciona problemas como stress, retenção de líquido, TPM e depressão, que muitas vezes são a causa do excesso de peso. Não existe uma dieta específica na Ortomolecular, mas, uma reposição de nutrientes que faz o paciente comer o que quiser, porém, bem menos pois não sentem aquela compulsão.
A suplementação é oferecida em gotas, pós, cápsulas ou comprimidos efervescentes. A escolha depende da preferência pessoal e da indicação médica. Há quem tome várias cápsulas num só dia. 
O tempo de tratamento nos casos de emagrecimento varia conforme o estado físico do paciente, mas em casos de pessoas não-obesas, três a quatro meses são suficientes para uma boa perda de peso. Ou seja, tempo perfeito chegar no verão com o corpo em forma. O recomendável ao menos uma consulta a cada 45 dias, para acompanhamento.



 


Como "enganar" o cérebro para comer menos

As diversas vezes, tentamos enganar nosso cérebro, fazemos isso sem perceber e todo o esforço para perder peso ou ao menos manter o corpo em dia vai por água abaixo quando você nota que o ponteiro da balança está subindo. Há maneiras de “enganar” seu cérebro para comer menos e, o melhor, sem sentir fome ao longo do dia. Siga as dicas e mantenha uma dieta equilibrada e saudável. O essencial é comer alimentos importantes para o bom funcionamento do seu organismo. Lembre-se ainda de que praticar exercícios físicos é fundamental para manter a sua saúde e controlar o peso.





 

Todo mundo sabe que comer muito doce e alimentos ricos em açúcar refinado engorda. O açúcar é digerido rapidamente e, com isso, seu corpo logo envia ao seu cérebro a mensagem de que está com fome novamente e que você precisa comer. Então, dê preferência às fibras na hora da sobremesa ou no lanche da tarde. Alimentos ricos em fibras demoram mais para ser digeridos e garantem a sensação de saciedade por mais tempo. Após uma refeição ou no lanche, prefira a goiaba branca, o caqui chocolate ou uma vitamina com aveia, todos ricos em fibras.

Não é apenas o açúcar refinado que aumenta a sua sensação de fome. O açúcar das frutas, a frutose, também dá essa sensação ao comer uma fruta ou tomar um suco natural. Nas principais refeições, isso também acontece ao comer alimentos ricos em carboidratos, como uma macarronada ou uma pizza. Para garantir mais tempo sem fome e “enganar” o seu cérebro, invista nas fibras presentes nas saladas e legumes, além de comer proteína. De digestão mais lenta, estes alimentos vão fazer você comer menos. Entre os alimentos com baixa concentração de açúcar, estão brócolis, berinjela e abobrinha.

O exercício físico é saudável e queima calorias. Mas é importante estabelecer o exercício, seja uma caminhada ou aulas de musculação e pilates, como uma fonte de prazer. Além disso, ao se exercitar, seu corpo utiliza a gordura armazenada para dar energia e sua fome diminui, especialmente depois do treino.
 

 

 Gordura Abdominal

 


ALIMENTOS QUE AUMENTAM A BARRIGA

Os alimentos que estimulam uma grande produção de insulina pelo pâncreas são os maiores responsáveis pelo acúmulo de gordura abdominal, levando ao desenvolvimento da resistência à insulina. Essa resistência à insulina pode levar ao diabetes. A insulina é um hormônio fundamental para colocar a glicose dentro da célula para produzir energia, entretanto quando produzido em excesso vai causar um desequilíbrio no organismo: vai fazer lipogênese (produção de gordura) na região abdominal e também vai aumentar o hormônio do apetite (grelina) além de diminui o hormônio da saciedade (leptina), aumentando assim a compulsão alimentar.



ALIMENTOS QUE AUMENTAM A GORDURA ABDOMINAL


- Carboidrato de alto índice glicêmico (farinha branca refinada e seus derivados, açúcar, e doces em geral), porque necessitam de muita insulina;
- Carboidrato de alto e baixo índice glicêmico em quantidade exagerada numa mesma refeição, pois produz excesso de insulina;
- Gordura trans (biscoito recheado, pipoca de microondas, bolo industrializado, etc.);
- Gordura saturada em excesso (carnes gordas, pele de frango, salame, linguiça, manteiga, bacon, etc.).



ALIMENTOS QUE NÃO AUMENTAM A GORDURA ABDOMINAL


- Carboidrato de baixo índice glicêmico em quantidade moderada (pão integral, hortaliças, frutas, cereais integrais, grãos, etc.), pois produz nível adequado de insulina;
- Gordura monoinsaturada em quantidade moderada (azeite de oliva extra-virgem, amêndoa, castanhas, nozes, etc.);
- Gordura poli-insaturada em quantidade moderada (salmão, atum, sardinha, chia, linhaça, etc.);
- Antioxidantes (vitamina C, vitamina E, selênio, zinco, betacaroteno, licopeno, antocianina, flavonoides, etc.). A gordura abdominal produz citocinas (substâncias inflamatórias) que oxidam as células e os antioxidantes vão protegê-las.



FONTES DE ANTIOXIDANTES



- Vitamina C (laranja, tangerina, abacaxi, morango, vegetal verde escuro, etc.);
- Vitamina E (azeite de oliva, óleo vegetal, oleaginosas, abacate, etc.);
- Selênio (castanha do Pará, uma grande fonte);
- Zinco (nozes, frango, feijão, etc.);
- Betacaroteno (cenoura, mamão, abóbora, vegetal verde escuro, etc.);
- Licopeno (tomate, melancia, goiaba, etc.);
- Antocianina (açaí, berinjela, cebola roxa, repolho roxo, etc.);
- Flavonoides (uva, cebola, chá verde, cacau, etc.).


 

15 formas de acelerar a

perda de peso

Aquela colega de trabalho que sempre leva um bolo para o lanche, os filhos que praticamente a obrigam a rechear a geladeira de guloseimas… o nosso dia esconde tantas armadilhas que fica difícil segurar os ponteiros da balança. Mas se você estiver preparada para lidar com essas situações delicadas, vai persistir na dieta e eliminar peso mais depressa. Quer apostar? Confira essas 15 formas de acelerar a perda de peso:

1.  MONTE UMA LISTA ANTES DE IR AO SUPERMERCADO

Já reparou que as gôndolas são organizadas de maneira estratégica, para fazer você comprar mais e mais, principalmente os alimentos calóricos? A cor, a posição e a localização dos produtos, tudo é pensado para atrair o e se você chegar ao local focada no que precisa comprar, vai resistir mais fácil aos impulsos e ainda garantirá os produtos saudáveis que havia planejado comer durante toda a semana.

2.  POUSE SEMPRE OS TALHERES NO PRATO, ENTRE UMA GARFADA E OUTRA

O método não exige mais do que atenção e, em longo prazo, ajuda a eliminar alguns quilos. Isso porque, ao comer mais devagar, você dá tempo ao organismo de interpretar, antes, o estímulo de saciedade. Assim, você acaba comendo menos ou, então, apenas o necessário. O segredo é manter o foco sempre na refeição, tentar não se distrair com mais nada.

3. PREPARE SEUS LANCHES DEPOIS DE TOMAR O CAFÉ

De barriga cheia, é mais fácil não enfiar o pé na jaca ao montar os lanches que consumirá ao longo do dia. Que tal preparar as próximas refeições assim que deixar a mesa? Você conseguirá selecionar melhor os ingredientes e as porções. Planejar é uma estratégia eficaz para emagrecer. Se comer corretamente de três em três horas, vai conseguir dizer não a várias tentações.

4. NÃO COLOQUE AS TRAVESSAS NA MESA

Dificultar o acesso à comida sempre ajuda a evitar os exageros. Só de caminhar até o outro cômodo para se servir, você já ganha um tempinho para perceber que está satisfeita. Além disso, se estiver com um pingo de preguiça, vai desistir de encher o prato novamente. O que vai fazer muito bem à sua dieta, convenhamos. Por mais que seja agradável alimentar-se em uma mesa posta, deixar as travessas à vista aumenta as chances de exagerar na porção.

5. SUBA NA BALANÇA DIARIAMENTE

Essa é uma ótima estratégia para observar como o seu corpo vem reagindo às mudanças que está fazendo e para ajudá-la a controlar cada vez melhor a alimentação. Agora, não desanime se os ponteiros não descerem tanto quanto você gostaria, de um dia para o outro. Por outro lado, se eles não pararem de subir, interprete como um sinal claro de que algo está errado e de que é preciso se esforçar mais com a sua dieta ou, então, checar se está tudo em ordem com a sua saúde.

6.  DEIXE A MESA ASSIM QUE ACABAR A REFEIÇÃO

Por mais que não haja mais nada o que beliscar por perto, o estímulo para comer está sempre associado à cozinha ou à sala de jantar. Deixar o local assim que terminar de se alimentar é uma boa medida para driblar seus próprios desejos. Convide as outras pessoas para continuar a conversa em outro cômodo ou, se for o caso, peça licença e se retire. Em seguida, procure manter-se ocupada com atividades interessantes, que prendam a sua atenção, como a leitura de um livro.

7. ARRUME A DESPENSA DE FORMA ESTRATÉGICA

Coloque os alimentos “proibidos” em locais de difícil acesso, que necessitem de uma escada para serem alcançados, por exemplo. Se a preguiça não for o suficiente para impedir você de buscar a escada, enquanto sobe nela você terá tempo pesar os prós e contras da sua escolha. As tentações vão aparecer dentro e fora de casa. Mas se você estiver feliz com o seu corpo e as conquistas que fez, vai conseguir passar por cima disso.

8. ACOMPANHE O RITMO DO MAIS LENTO

Durante as refeições, faça o possível para acompanhar aquele que come mais devagar. A sensação de saciedade demora, em média, 20 minutos para ser percebida e se você estiver alerta, e descobrir que acabou com a fome antes de esvaziar o prato, não vai terminar a noite com aquela sensação de barriga estufada. Acertar na quantidade e comer só o necessário é um bom hábito que provoca enorme satisfação, acompanhada de sensação de autocontrole.

9. NUNCA SE ALIMENTE EM FRENTE À TELEVISÃO

Quem não gosta de chegar à sua casa, fazer o prato e se sentar em frente à tevê, para não perder nenhum detalhe da novela? Pois saiba que o hábito, por si só, pode ajudar a ganhar muitos quilos, que vão ficar mesmo depois que a trama acabar. Enquanto você está com os olhos grudados na telinha, nem percebe o que está comendo e nem quanto está consumindo. Além de não apreciar nem sentir o sabor da refeição, muito provavelmente acabará comendo mais do que precisa. Agora, se você é noveleira de carteirinha, tente gravar a novela para assistir depois ou programe-se para comer com calma.

10. ESCOVE OS DENTES LOGO APÓS AS REFEIÇÕES

A medida, além de fazer muito bem à saúde, ajuda a diminuir o impulso de comer uma besteira qualquer, ou mesmo uma sobremesa, depois do almoço ou do jantar. O raciocínio é simples: só de saber que terá de escovar os dentes novamente, muita gente desiste, com preguiça. Além disso, o sabor do creme dental modifica o gosto dos alimentos, fazendo com que mesmo a experiência de degustar um chocolate ou um sorvete não seja tão agradável ao paladar.

11. ABASTEÇA A DESPENSA APENAS COM O NECESSÁRIO

O ideal para quem está num programa de reeducação alimentar é mandar para fora tudo o que pode representar perigo. Assim, quando bater a vontade de beliscar, e você perceber que precisará sair de casa se quiser comprar algo, irá pensar duas vezes. Agora, se a sua família não está na mesma sintonia que você, a dica é comprar embalagens econômicas, com doces ou bolachas em pequenas quantidades. Em vez de adquirir uma caixa de bombons, leve apenas uma unidade e daí, quando for pegar um chocolate na despensa, vai pensar no lanche que seu filho deixará de fazer no dia seguinte. E vai desistir na certa!

12. ESCOLHA A ENTRADA, A BEBIDA OU A SOBREMESA

Quando for a um restaurante, garanta o prato principal e abra mão de outros alimentos ou bebidas calóricos. Dessa forma, você emagrece a refeição como um todo e não come mais do que precisa. Sempre que possível, fique com a entrada e dispense bebida e sobremesa e se for uma salada, ainda melhor. Ela vai diminuir a sua fome e, quando o prato principal chegar, você vai se contentar com menos.

13. NÃO DESCONTE AS EMOÇÕES NA COMIDA

Embora nem sempre seja possível contornar as tensões do dia a dia e evitar situações estressantes, não adianta transformar esses acontecimentos em uma desculpa para abusar da comida. Afinal, isso só vai atrapalhar mais a sua vida, aumentando os problemas. Se estiver cansada ou irritada, tome um banho relaxante e vá descansar por alguns minutos e só então você estará preparada para fazer uma alimentação sem excessos.

14. NÃO PULE O CAFÉ DA MANHÃ

Programe-se para acordar mais cedo e tome seu café com calma. O longo período que você já passou em jejum, enquanto dormia, faz o metabolismo desacelerar. Ao acordar, é preciso despertá-lo, para que retome o ritmo do gasto energético. Está mais do que comprovado que quem se alimenta logo depois que se levanta faz escolhas mais saudáveis ao longo do dia.

15. PREFIRA FRUTAS FRESCAS PARA A SOBREMESA

Elas têm baixo teor calórico, são ótimas fontes de fibras e têm ação antioxidante, melhorando o funcionamento intestinal e atuando na prevenção do envelhecimento precoce. No dia a dia, fique com elas e deixe os doces e outras guloseimas para o fim de semana. Mas, mesmo assim, não abuse! Aos poucos, a estratégia vira um hábito e resistir às besteiras ficará muito mais fácil.

 

Efeito sanfona favorece diabetes, gordura no fígado e muitos outros problemas

 Não é só a autoestima que fica prejudicada, entenda como o organismo sofre com a oscilação de peso

Segundo dados inéditos da pesquisa Vigitel 2012 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) do Ministério da Saúde, aproximadamente 51% da população adulta está acima do peso ideal - sendo que 17% dos brasileiros são acometidos pela obesidade. Desse percentual, boa parte pode estar enquadrada no chamado efeito sanfona, que é o famoso emagrece-engorda-emagrece. O efeito sanfona acontece quando há uma variação mair que 1 kg por semana. Também podemos considerar parte desse fenômeno aquela pessoa que sofreu oscilações de peso iguais ou maiores do que 4 kg em um determinado período.

É sabido que a obesidade pode causar diversos prejuízos ao nosso organismo - mas pouco se fala dos malefícios causados pela oscilação de números na balança.

Os riscos de fazer dietas sem o acompanhamento de um profissional:

Alterações metabólicas

Quando uma pessoa perde peso muito rápido, mecanismos hormonais são ativados, que sinalizam ao cérebro que a pessoa está passando fome, além de estimularem a redução do metabolismo como forma de poupar energia. "Quando acontece o ganho de peso após uma dieta muito restrita, o corpo ainda mantém o metabolismo mais lento, como se estivesse se preparando para um outro período em que “vai passar mais fome”. Além disso, quando acontece o aumento de peso, geralmente a pessoa ganha mais peso do que antes de ter começado a dieta, pelo mesmo mecanismo cerebral que fica se preparando para outro período de "passar mais fome". O cérebro após o efeito sanfona passa a ignorar os sinais de saciedade que vem do tecido adiposo, como forma de proteção.

 

 

Favorece doenças

Aqui o problema é aSarcopenia - que é a perda muscular relacionada às dietas muito agressivas. Quando se faz uma dieta extrema que leva à perda de peso rápida, perdemos massa magra também. Sabe-se que o tecido muscular é importante para reduzir a resistência insulínica. Por isso, quando perdemos muito tecido muscular em uma dieta restritiva, e depois ganhamos tecido gorduroso ao engordarmos de novo, é criado um efeito chamado "sarcobesidade" que, segundo a especialista, é justamente quando uma pessoa tem muita gordura e pouco músculo, ficando com a resistência insulínica alta, o que leva à piora dos quadros de diabetes em quem tem e muitas vezes ao desenvolvimento do diabetes em quem não tem.
 

Outra doença que piora com o efeito sanfona é a gordura do fígado (Esteatose Hepática). Quando uma pessoa faz uma dieta radical, pode entrar em estado de cetose - ou seja, o tecido adiposo começa a liberar a gordura estocada para ser usada como energia pelo organismo. A questão é que antes que essa gordura chegue aos órgãos para ser "queimada", ela passa pelo fígado, e muitas vezes quem tem Esteatose Hepática pode apresentar piora no quadro. "Por motivo semelhante ao da gordura no fígado, muitas vezes os níveis de colesterol ruim podem aumentar em algumas pessoas que apresentam o efeito sanfona, assim como o de triglicerídeos."

Dificulta o emagrecimento

O nosso tecido adiposo sinaliza ao cérebro quando está cheio e quando está vazio - ou seja, quando você está satisfeito ou quando precisa comer mais. No efeito sanfona, o cérebro passa a ignorar os hormônios que sinalizam que o tecido adiposo está cheio, permitindo que a pessoa coma mais. São adaptações do nosso corpo para não perdermos peso. Toda vez que queremos emagrecer temos que lutar contra essa proteção do nosso organismo, que interpreta o emagrecimento como um sinal de alerta que, se não for reparado, levará a morte por deficiência de energia. Nosso organismo foi preparado, na sua evolução, para se proteger do emagrecimento excessivo. Possuímos mecanismos de defesa contra a perda de peso em maior número e de maior força do que àqueles que favorecem o emagrecimento - esse é um dos motivos que justificam o fato do emagrecimento ser difícil de conseguir e manter.u