"Liberdade não é a ausencia de compromissos, mas a capacidade de escolher sua tarefa"

segunda-feira, 25 de abril de 2011

L'italo-brasiliana Adriana Calcanhotto a Firenze [it] segunda-feira - 25/04/2011




L'italo-brasiliana Adriana Calcanhotto a Firenze [it]
segunda-feira - 25/04/2011

Foto: Marcos Hermes


A Firenze, in esclusiva italiana, Adriana Calcanhotto presenterà il repertorio del nuovo e atteso cd.
Il prossimo 28 aprile l’unica data italiana di Adriana Calcanhotto a Firenze, all’Odeon, piazza Strozzi Firenze, ore 21:30. Il suo disco nuovo “O Micróbio Do Samba” è uscito da qualche giorno in Brasile e Portogallo. Produzione: Musical Concentus di Firenze.

Dallo straordinario esordio con il disco “Enguiço” nel 1990 Adriana Calcanhotto si è rivelata una delle artiste più affascinanti del nuovo corso della Musica Popular Brasileira, una compositrice e performer di grande ispirazione, spesso paragonata a Caetano Veloso con cui condivide la ricerca di nuove forme sonore e poetiche.

Adriana da Cunha Calcanhotto, nata a Porto Alegre, figlia di un batterista jazz, Carlos Calcanhotto, e di una ballerina, si interessa già da ragazzina alla musica quando a sei anni riceve in dono la sua prima chitarra ed inizia a studiare anche canto.
Fin da giovane Adriana è circondata da numerose ispirazioni, ascolta con passione i musicisti della MPB, ed è colpita dalle avanguardie culturali brasiliane come il movimento culturale dei Modernisti e le teorie "antropofaghe", di cui fanno parte scrittori come Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral.

Adriana inizia la sua carriera suonando in locali come il Fazendo Artes e il Porto de Elis, e all’uscita del suo primo disco viene paragonata dalla stampa brasiliana addirittura ad Elis Regina. Gli album successivi “Senhas” del ’92 e “A fábrica do poema” del ’94 illustrano il suo talento sempre più maturo ed autorevole, in grado di coniugare l’amore e la conoscenza della tradizione musicale brasiliana alla ricerca e al confronto con forme sonore della canzone internazionale. Il suo talento è riconosciuto ovunque e i suoi brani sono cantati anche da una delle massime esponenti della canzone brasiliana Maria Bêthania. I successivi capitoli della sua discografia, “Maritmo” del 1996, “Cantada” del 2002, “Maré” del 2008, confermano il suo valore di autrice e performer, mentre il disco e il dvd “Publico” la fotografano in concerto, da sola con la chitarra, al centro di un singolare universo di suoni e emozioni.
Inoltre la cantautrice è anche impegnata nel progetto Adriana Partimpim, con due cd ed un dvd che raccolgono canzoni per bambini, pensate con intelligenza ed ironia. (Ibrit)

Adriana Calcanhotto voce, chitarra, Davi Moraes chitarra,
Alberto Continentino contrabbasso, Domenico Lancellotti batteria

Posto unico numerato € 25,00

Prevendite Box Office Ticket One

Visita il sito di Adriana

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Claudia Lins
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terça-feira, 5 de abril de 2011

E a cobra fumou... Jair Bolsonaro volta ao CQC para se defender das acusações de racismo



Jair Bolsonaro volta ao CQC para se defender das acusações de racismo
Rio - Depois de gerar grande polêmica, o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) voltou ao programa CQC da Rede Bandeirantes para se defender das acusações de racismo.

Na semana passada, Bolsonaro foi questionado por Preta Gil sobre o que ele faria caso seu filho se apaixonasse por uma negra. Ao que ele respondeu: "Preta, eu não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro este risco e meus filhos foram muito bem educados. E não viveram em ambientes, como lamentavelmente é o teu".

No programa desta segunda-feira, ele se defende: "A resposta dada por mim não se encaixa na pergunta. Até porque eu não gosto da Preta Gil, já que é um direito meu não gostar dela. Se eu tivesse entendido a pergunta, eu responderia que ele é maior de idade e o problema é dele. Eu aceitaria que meu filho namorasse com qualquer pessoa, desde que não tenha o comportamento de Preta Gil", afirmou.



No final do programa, o apresentador Marcelo Tas mostrou uma foto de sua filha: 'Luiza é gay e eu tenho muito orgulho de ser pai dela', finalizou.

Repercussão

Os comentários polêmicos do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) no programa CQC que foi ao ar na semana passada podem levá-lo a perder o mandato. O deputado foi convidado pelo quadro "O povo quer saber", no qual personalidades respondem perguntas de populares, no entanto a resposta mais polêmica partiu de uma pergunta da cantora Preta Gil.

Após utilizar seus clichês conservadores e defender o regime militar, Bolsonaro foi questionado por Preta Gil sobre o que ele faria caso seu filho se apaixonasse por uma negra. Ao que ele respondeu: "Preta, eu não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro este risco e meus filhos foram muito bem educados. E não viveram em ambientes, como lamentavelmente é o teu".

A filha do ex-ministro da Cultura Gilberto Gil comentou em seu perfil no Twitter: "Irei até o fim contra esse deputado racista, homofóbico, nojento, conto com o apoio de vocês", escreveu.

O deputado estadual, Flávio Bolsonaro, filho de Jair, defendeu o pai também através do microblog. "Estou esclarecendo que o Bolsonaro entendeu errado a pergunta, difícil entender? Jair Bolsonaro não é racista nem homofóbico, é apenas contrário às cotas raciais e à apologia ao homossexualismo", afirmou.




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(Claudia Lins)

Carta a Noblat ... (Assunto: Jair Bolsonaro)

A propósito de seu post de hoje (O “fascismo do bem”), que contrasta a reação à piada de Lula com os homossexuais de Pelotas com a reação atual da esquerda a Jair Bolsonaro, algumas considerações:
1. A piada de Lula foi, sim, muito infeliz. De péssimo gosto. Inadmissível um presidente sequer proferindo a palavra “veado”, publicamente ou a portas fechadas. Mas, porém, contudo, todavia: no dia em que o Lula defender publicamente que os “veados” de Pelotas merecem tortura ou que os “veados” de Pelotas são inferiores ou que os “veados” de Pelotas não devem ter os mesmos direitos que o restante da população, aí sim as declarações dele e de Bolsonaro serão comparáveis.
2. O que Bolsonaro disse não foi apenas uma piada infeliz. Bolsonaro agride e desrespeita parcela significativa dos cidadãos brasileiros. Defende a tortura. Não há nada de “corajoso” em dizer coisas como essas — muito pelo contrário: é a mais pura covardia. Covardia de quem não admite a existência do diferente e, em vez de lidar com a pluralidade (tarefa essencial quando se vive numa democracia), quer impor sobre os outros os seus dogmas e preconceitos.
3. Sim, existe muito petista que fecha os olhos para as escorregadas que os membros de seu partido cometem. Assim como existem pessoas de direita que também torcem tudo e chamam urubu de meu louro para poder defender os politicos de seu gosto. Essa é uma atitude que não se restringe a este ou aquele espectro político. É humano defender a sua sardinha. Alguns defendem cegamente. Mas nem todos. C’est la vie. Você, como jornalista, deve (ou deveria) saber bem que não existe imparcialidade, nem por parte daquele que profere o discurso, nem por parte daquele que ouve.
4. Logo, nada mais improdutivo (e, perdoe-me dizer, até infantil) do que ficar apontado “olha! Mas tem gente na esquerda que também faz piadinha homofóbica!”, “olha! seu candidato também dá mancada!”, “a esquerda defende
a sua própria sardinha!”. Somos ambos homofóbicos, Noblat. Esquerda, direita, centro, diagonal, whatever. A sociedade é homofóbica. É racista também. E é isso que faz com que Lula ache legal proferir uma piada como aquela. É isso que faz com que tanta gente vote no Bolsonaro, concordando com os perdigotos que ele solta por aí. A discussão sobre a homofobia (e também sobre o racismo) não deve ser feita com base nas atitudes deste ou daquele indivíduo, mas de nós todos.
5. Você se diz um defensor da liberdade e da democracia. Eu também. Pois então dizaí pra gente, Noblat, onde é que as declarações de Bolsonaro se encaixam numa democracia que se preze. O que é mais importante na sua ideia de democracia, Noblat? O direito de falar qualquer merda ou o direito das pessoas à dignidade, ao respeito, a serem todas cidadãs equivalentes? Na sociedade que eu quero, Noblat, não, dizer qualquer barbaridade não é um direito. Não, as pessoas não têm o direito de defender que um determinado grupo seja inferior, promíscuo, sujo, excluído, execrado, torturado, linchado. Porque isso não está no campo das reles opiniões, como dizer que prefere abacaxi a banana. Declarações como essas incitam ao ódio. “Opiniões” como essa acabam gerando agressões e exclusões de verdade, como a dos meninos atacados na Av. Paulista e os tantos outros casos que acontecem diariamente mas não chegam às páginas dos jornais. Não é apenas questão do ofendido recorrer à justiça. Porque isso não repara os danos que declarações como estas causam num grupo inteiro: baixa auto-estima. Homofobia internalizada. E por aí vai. Não foi só a Preta Gil que foi agredida pelas declarações de Bolsonaro. Na sociedade que eu quero, Noblat, as pessoas não vão aceitar que barbaridades como essas sejam ditas. Porque elas não são mesmo aceitáveis numa democracia.
6. Você, Noblat, é mais velho do que eu. Você viveu a ditadura. Sabe o que é censura. Sabe o que á patrulha. Eu nasci depois que o país já tinha feito a transição democrática. Comparar as reações das pessoas às declarações de Bolsonaro a censura ou patrulha, para quem viveu de fato a censura e a patrulha, chega a ser uma imbecilidade. O Brasil não lutou por liberdade de expressão para poder defender publicamente a opressão de quem quer que seja. O Brasil lutou por liberdade de expressão justamente porque era oprimido. E porque não queria mais sê-lo. Defender Bolsonaro com o argumento da “liberdade de expressão”, na minha opinião, é cuspir em cima da árdua luta que tivemos para tê-la.


por Marjorie Rodrigues

Jornalista formada pela ECA-USP, passou por Reuters, editora Globo e Transparência Brasil e hoje bandeou-se para os lados da assessoria de imprensa. Sua grande paixão é a crítica feminista de mídia, assunto sobre o qual fala em seu blog e também foi tema do seu TCC, "Backlash à brasileira: A construção do feminino no jornalismo impresso".




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(Claudia Lins)