Para nós seres humanos, que do alto da nossa omnipotência nos achamos os dominadores do universo, por vezes(...)
temos que reconhecer que somos tão insignificantes, como uma simples baga de um diminuto fruto silvestre, crescendo numa das muitas e desconhecidas ervas não descobertas, que proliferam numa qualquer vegetação, ainda não catalogada pelo homem.
Para ti, que respeitas o ciclo da vida, a força da natureza, ou a mão de Deus, em qual destas forças achas que se enquadra o teu Ser?
Na força das águas límpidas e cristalinas, que brotam dos riachos?
Nas águas que enchem os oceanos abrigando todo um proliferar de vidas e espécies marinhas?
Nas grandes correntes, que após os degelos, correm livres e soltas pelas montanhas, inconscientes e inconsequentes, como crianças que brincam, sem terem consciência das suas atitudes?
No fogo forte e protector, que nas frias e longas noites de Inverno, nos aquece e protege das intempéries, e que no Verão, guiado pela mão humana, muitas vezes assassina, se torna destruidor, ao invadir os nossos espaços, e destruir os nossos sonhos?
Na terra, berço do nosso nascimento, celeiro da nossa subsistência e leito da nossa eternidade?
Terra que nos alimenta, terra que nos dá abrigo, e onde plantamos as nossas raízes, na esperança que cresçam e dêem frutos?
No ar, fonte da nossa existência, mas que por vezes se torna tão violento e cruel, aos apresentar-se-nos na sua brutal faceta de vendaval, ciclone ou tornado? Ou de uma maneira mais suave e romântica, na forma de simples brisa, nos rouba a alma, e a transporta através de montes, rios e vales?
As quatro forças da natureza: água, fogo, terra e ar… ou um universo sem o qual não nos seria possível viver?...
Claudia Lins
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