Às vezes, queremos paz. Queremos um amor que conserve tranquilo o coração, beijos que silenciem bocas, e rostos que se colam frente a um mar de poucas ondas. Queremos confiança de um serenar duplo, um olhar recíproco com sorrisos sem dentes aparentes e um deitar de colo estendido.
É gostoso, e necessário, querer um amor justo a dois, daqueles que se comem como sobremesa, mas nunca esquecem a importância do filé da paixão.
Quando amadurecemos e passamos pelos desertos da vida, onde temos toda liberdade do mundo, mas poucas opções, aprendemos que a calmaria transforma amores irresponsáveis e coloridos em aquarela. E assim, nos aquarelando, admitimos que não nos cabe conhecer o que virá, mas sim, desejar que, um dia, um amor tranquilo nos dê a graça de seus beijos com alma. Pois, todos merecem um amor tranquilo. Até aqueles que, por pouca coragem e vontade de sorrir, desacreditam na sua aparição alegre. Então, fique sabendo que ele vive a te buscar, mesmo quando você mente a si, ao dizer que não precisa da tranquilidade de um amor para viver de ombros leves e pés firmes.
( Frederico Elboni )
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