"Liberdade não é a ausencia de compromissos, mas a capacidade de escolher sua tarefa"

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Brasileiro Tinha Que Ser Estudado Pela Nasa...

Mulheres trocam praia por laje e usam fita isolante para marquinha de biquíni.
Cerca de 30 mulheres se queimam lado a lado na laje de Érika Bronze.
Dermatologistas alertam para riscos de excesso de exposição ao sol.





O sol brilhava forte em Realengo, Zona Oeste do Rio, por volta das 10h de quinta-feira (10). Entre ruelas espremidas, a equipe de reportagem G1 parou o carro em frente a uma barbearia quando o GPS não localizava a Rua 10. "É na Erika Bronze? Faz a volta porque é logo ali atrás", apontou um morador. A vizinhança parecia habituada a indicar o caminho da laje, que virou notícia por atrair mulheres para colocar em dia a marquinha de biquíni de forma atípica: com o uso de fita isolante no lugar do biquíni.
Erika Romero Martins, a Érika Bronze, tem 34 anos, é esteticista e empresária. Teve a ideia de ganhar dinheiro com bronzeado quando, aos 15 anos, suas primas e amigas a invejavam pela habilidade em conseguir uma indefectível marca de biquíni, com ajuda de um esparadrapo. Começou na Vila Aliança, mas foi em Realengo, mais distante das comunidades, que viu seu negócio prosperar. Depois de viralizar nas redes sociais e ser entrevistada por jornais e sites, como o "Extra" e a "Piauí", teve a clientela dominada por mulheres que moram perto da praia e até de fora do Rio.
"O sol da Zona Oeste é um sol pra cada um. Ano passado eu faturei uns R$ 80 mil no verão. Esse ano quero chegar em R$ 100 mil. Vem muita gente de fora. Minas Gerais, Espírito Santo e aqui no Rio a maioria é da Zona Sul e da Barra. As pessoas que moram perto da praia são as que mais aparecem", conta.

A sessão custa R$ 70, no dinheiro ou no cartão. Depois da terceira, a manutenção cai para R$ 50. "A fita isolante eu monto uma por uma, tem medida cortadinha. Levo de 5 a 10 minutos montando o biquíni de fita. Quando é trans [transexual] demora mais."
Érika acorda às 5h e começa a trabalhar às 6h, quando enfileira as esteiras na laje e corta tiras dos mais de 50 rolos de fita isolante que vão virar biquínis ao longo do dia. Explica que o bronzeamento começa às 9h e termina antes do meio-dia. Prefere o sol da manhã, para evitar a grande incidência dos raios ultravioleta, nocivos para pele. "Não faz mal como o da tarde", diz.

Alerta de dermatologistas

Dermatologistas alertam, no entanto, que a grande exposição ao sol é nociva mesmo pela manhã. Mesmo com o uso de protetor solar, aumenta-se o risco de câncer pele, além de acelerar o processo de envelhecimento.
“Ainda que seja um sol de manhã, ele tem uma atuação negativa sobre a pele em termos de fotoenvelhecimento. Então, 90% do envelhecimento evitável vem da exposição ao sol de uma vida toda. Uma exposição como essa, sem limite, ela não condiz com todos os estudos atuais. Ainda mais que o câncer de pele é o que tem a maior incidência no Brasil e está relacionado a essa exposição ao sol contínua e intensa. Isso pode provocar, além de envelhecimento precoce, manchas, melasmas, aumento de sardas e o risco aumentado de flacidez, porque o sol não só envelhece, mas também deixa a pele mais apergaminhada”, explica a dermatologista Juliana Neiva.
O tom de pele também é importante para definir o tempo de exposição ao sol, segundo especialistas.
“Se ela é mais morena, ela tem mais resistência. A princípio três horas de sol em um dia, exposto diretamente ao sol, é muita coisa. Exposição ao sol aliado a uma pratica esportiva é melhor. Essa exposição de três horas, se for durante muitos dias, é prejudicial. Tem que ter cuidado com esse objetivo estético. Pessoa mais claras, precisam de menos exposição. Me parece um assunto mais complexo do que uma receita de bolo. O mais indicado é meia hora ou uma hora de sol por dia, antes das 10h e depois das 16h, para proteger de câncer de pele e envelhecimento”, explica o dermatologista Celso Sodré.

Érika Bronze argumenta que o tempo de exposição é controlado e que as mulheres usam protetor solar e ficam bem hidratadas.
“Aqui é melhor que na praia, porque elas ficam o tempo certinho expostas ao sol (...) A menina chega, monta o biquíni, passa o protetor, depois passa o produto que bronzeia e fica no sol. Ao todo, uma hora e meia de frente e uma hora e meia de costas. Depois de tudo, é possível fazer uma hidratação profunda, o banho de lua [para descolorir os pelos] e acabou”, explica.

Funkeira é cliente

Com uma agenda lotada, a esteticista atende cerca de 30 mulheres, todos os dias, inclusive com tempo nublado. “A autoestima aumenta muito, elas ficam agradecidas, renova o casamento. As pessoas estão fugindo dos arrastões e, por isso, acho que a laje tá bombando desse jeito.”

Frequentadora há três meses, a funkeira Tati Quebra Barraco, de 37 anos, mora na Taquara e conta que pega um mototáxi para conseguir chegar em 10 minutos na laje.
“Praia é só pra tomar água de coco, comer um peixinho, tomar uma cerveja. Bronze e marquinha tem que ser aqui. A fita isolante é o máximo. Tudo fica melhor depois da marquinha, até na hora de namorar é bem melhor. Não pode ficar o dia todo no sol ou vamos virar carvão. Eu estou aqui toda semana, no verão vai bombar, acho que vai dar confusão. Eu quero estar aqui, vou chegar umas 5h! Aqui é babado e gritaria, é conhecer o prazer”, diz.
Para não dizer que homens não têm vez na laje, cabe a Claudiano da Silva, de 20 anos, uma tarefa fundamental: borrifar água enquanto as mulheres ficam sob o sol. O apelido veio rápido: bombeiro.
“Eu molho elas de cinco em cinco minutos para não esquentar as queimaduras e ajudo a dar água. Costumo dizer que elas são as flores do meu jardim. Eu passo bastante protetor, no rosto, no ombro e na canela. Muitas dizem que ficam com a autoestima elevada, que os maridos gostam bastante. Minha missão é encher a bomba na bica, regular a pressão e atender quando elas gritam: ‘chama o bombeiro’”, brinca.


Lívia Torres
Do G1 Rio








quarta-feira, 27 de julho de 2016

Algumas Curiosidades Sobre a Suécia...


Aproveite bem o seu dia





Mais algumas curiosidades para você que vai morar na Suécia:
1 – Antes de entrar na casa de um sueco, não se esqueça de tirar os sapatos. Todos tiram os sapatos, o que mantém a casa limpa e deixa à mostra as meias super bonitinhas que eles adoram usar.
2 – Não há nenhum problema em beber água diretamente da torneira, mas escolha a água fria, já que a água quente não é indicada para consumo.
3 – “Tack” significa “obrigado” e os suecos amam agradecer. É muito comum ouvir “obrigado pela última vez”, “obrigado por hoje”…
4 – Falou em coleta seletiva os suecos separam absolutamente TUDO.
5 – Snus: um vício sueco. Um saquinho com tabaco que é colocado entre a gengiva e o lábio. Ele meio que substitui o cigarro em lugares fechados e não é proibido dentro das empresas.
6 – A diferença de horário entre a Suécia e o Brasil é normalmente de 5 horas, o que muda quando é horário de verão no Brasil para 4 horas e quando é horário de inverno na Suécia para 3 horas.
7 – Suécia em sueco escreve-se “Sverige”.
8 – Suecos respeitam fila. E duas pessoas esperando o elevador já é considerado uma fila!
9 – A Suécia recicla tanto que falta “matéria-prima” para incinerar e gerar energia pra usinas. 800 mil toneladas de LIXO são compradas por ano.
10 – Durante o inverno na Suécia, é possível caminhar ou patinar sobre quilômetros de lagos congelados!!!
11 – Å, Ä e Ö fazem parte do alfabeto como outras letras e não como A e O com acentos. A propósito, são bem difíceis de pronunciar.
12 – Os meios de transporte são integrados. Com o mesmo cartão dá pra pegar trem, ônibus, metrô, barco e até bicicleta!
13 – Ir para o trabalho de bermuda e boné? Na Suécia pode! O importante é que você se sinta confortável e trabalhe direito.
14 – A cidade de Estocolmo, capital da Suécia, é construída sobre 14 ilhas conectadas por 57 pontes.
15 – A Suécia é um dos países com maior apoio a comunidade LGBT do mundo. O preconceito contra homossexuais aqui é crime. Casais homossexuais podem se casar e adotar com os mesmos direitos de um casal heterossexual.
16 – A Suécia foi o primeiro país da Europa a imprimir dinheiro em notas (1661) e pode ser o primeiro país do mundo a parar de usar moedas e dinheiro de papel.
17 – Todos os chuveiros têm água quente e fria, mas não são elétricos. A temperatura pode chegar a mais de 50º.
18 – A Suécia é o país que mais consome açúcar no mundo. Cada pessoa chega a consumir de 20 a 40 kg por ano de balas, doces, etc.
19 – O consumo de café também é bem alto na Suécia, o país fica apenas atrás da Holanda e da Finlândia quando o assunto é consumo de café per capita.
20 – Suecos adoram praticar exercícios. É muito difícil ver alguém acima do peso. A diversão deles no inverno é ir para a academia.
21 – Pedestres dividem as calçadas com ciclistas. Carros dividem as ruas com ciclistas. E é tudo muito bem sinalizado!
22 – Vai sair com um grupo de suecos? Leve uma calculadora! Prepare-se para dividir a conta coroa por coroa ao final.
23 – No verão, o dia pode começar mais ou menos às 2h e durar até as 23h. No inverno, o dia começa aproximadamente às 8h e pode durar até as 15-16h.
24 – Pontualidade sueca: a “regra” é chegar 10 minutos antes da hora marcada. Às vezes eles chegam ainda mais cedo, mas esperam p/ tocar a campainha.
25 – Na hora do brinde, os suecos levantam as taças/copos e olham nos olhos de cada um da mesa antes de beber. Nada de tilintar…
26 – Muitos suecos olham no olho mágico antes de sair do apartamento, para conferir se tem vizinho passando. Só saem quando não tem ninguém.
27 – A Suécia é o país com maior número de ateus e agnósticos. 85% da população não têm nenhuma crença ou não acreditam em Deus.
28 – Ao receitar algo, o médico registra seus dados no sistema e você pode pegar seu remédio em qualquer farmácia, sem receita de papel.
29 – Quem não coloca o cinto de segurança é que paga a multa se a polícia parar, inclusive quem senta no banco de trás…
30 – Durante o inverno, pedrinhas são espalhadas pela neve, nas calçadas e ruas, para não ficar tão escorregadio quando a neve derrete e congela novamente.
31 – É muito comum levar o almoço para o trabalho. Faculdades e empresas têm sempre uma cozinha com vários microondas para que você esquente sua comida.
32 – O youtuber mais famoso do mundo, com maior número de inscritos e maior número de visualizações no canal é sueco: PewDiePie
33 – Os imigrantes que vêm morar na Suécia têm direito a aulas gratuitas de sueco no SFI (Svenska för invandrare – sueco para imigrantes)
34 – No inverno, após saírem da sauna, muitos suecos pulam pelados num lago com temperatura negativa!
35 – ABBA, Roxette e Europe são bandas suecas famosas no mundo inteiro!
36 – Você paga até 1.200 SEK (cerca de R$ 450) por ano por consulta e tratamento médico. Caso precise de mais, o restante sai de graça.
37 – Em muitos supermercados e lojas como a IKEA, é possível passar os produtos comprados por conta própria e pagar sem que ninguém confira.
38 – Serviços na Suécia são caros. Por isso, é comum resolver problemas de eletricidade ou até renovar partes da casa por conta própria.
39 – É muito comum encontrar velas e flores/plantas na casa de um sueco!
40 – Os suecos sempre esperam as pessoas saírem do trem antes de entrarem.
41 – Os suecos dificilmente ficam calados enquanto o outro está falando. Eles repetem “ja” (sim) o tempo todo para mostrar que estão ouvindo.
42 – Todos os apartamentos têm o nome do proprietário na porta. Os nomes com os números dos aptos também ficam em uma lista na entrada.
43 – Em geral, as escolas não têm muros ao redor. Às vezes, uma cerca baixa ou até pinheirinhos cercam o local, mas ainda assim é possível ver as crianças brincando na hora do intervalo.
44 – Bebidas com alto teor alcoólico (acima de 3.7%) não são vendidas em supermercados, mas no Systembolaget. É preciso planejar quando quiser comprar bebidas, já que no sábado só fica aberto até as 15h e não abre aos domingos.
45 – As estações da linha azul do metrô são pontos turísticos em Estocolmo. Uma estação mais perfeita que a outra! Clique para ver mais fotos.
46 – O aborto é legalizado na Suécia.
47 – Não há nenhuma lei proibindo o uso de celular ao dirigir na Suécia. A lei diz que você deve evitar atender o celular em situações de risco.
48 – A nudez aqui é encarada com naturalidade. É comum as pessoas ficarem nuas em saunas e as duchas de academia não serem separadas por paredes.
49 – Na Suécia, todas as casas, apartamentos, lojas e até alguns pontos de ônibus têm aquecedores. Assim como os meios de transporte.
50 – Suecos têm o costume de levar presentinhos ao serem convidados para um almoço/jantar na casa de amigos. É muito comum levar flores ou vinho.
51 – Se não quiser ser empurrado por um sueco, fique a direita nas escadas rolantes. A não ser que queira ultrapassar os outros.
52 – Nas empresas é comum ter salas para os funcionários descansarem ou tirarem um cochilo no meio do expediente caso queiram.
53 – Os cachorros são muito educados e muito bem tratados na Suécia. Eles podem andar nos ônibus e trens, com exceção de alguns vagões.
54 – Primeiro encontro na Suécia? É super normal dividir a conta ao invés de o homem pagar tudo.
55 – Cada dia do ano na Suécia comemora-se um nome próprio. Você pode conferir o nome do dia neste site: http://www.namnsdag.nu
56 – Transporte público aqui é muito pontual! Nos pontos de ônibus e estações de metrô há painéis eletrônicos indicando em quantos minutos o transporte irá chegar.
57 – Se a encomenda que você está esperando for maior que a sua caixa de correio, você recebe um papel com o qual você pode pegá-la no supermercado mais próximo da sua casa.
58 – Palavrão na Suécia? Os mais usados são “helvete” (inferno) e “skit” (merda). Mandar alguém para o inferno é um dos insultos mais pesados para um sueco.
59 – Nas academias suecas há, geralmente, um lugar para deixar os filhos brincando com uma babá enquanto você malha.
60 – Na Suécia, há algo chamado Allemansrätt (Direito de todos). Isso significa que todos têm o direito de utilizar da natureza em propriedade pública para colher frutas, acampar, desde que não destruam nada. Em áreas privadas ou de cultivo é preciso autorização.
61 – A licença maternidade/paternidade é de 16 meses divididos entre a mãe e o pai, ambos recebendo cerca de 80% do salário quando afastados. Os pais ainda ganham uma quantia a mais do governo caso decidam dividir o tempo igualmente.
62 – Os apartamentos e casas na Suécia são vendidos por meio de leilão.
63 – Falar as horas em sueco é complicado. 7:30 = “meia hora oito”. 7:35 = “cinco após meia hora oito”. 7.25 = “cinco pra meia hora oito”.
64 – Os suecos não costumam fechar as cortinas… Passando pela rua dá pra ver as pessoas dentro das casas, cozinhando, vendo TV ou até saindo do banho!
65 – No idioma sueco, você pode juntar certas palavras e formar uma nova. O resultado são várias palavras gigantes!!!
66 – A rainha da Suécia, Sílvia, é filha de mãe brasileira e pai alemão. Ela morou no Brasil e fala português fluentemente.
67 – Suecos preferem doar a jogar fora. No site http://www.blocket.se há a parte dos “bortskänkes”, onde as pessoas podem achar de tudo; móveis, eletrônicos e até pianos de graça!
68 – Na Suécia é possível tirar carteira de motorista sem precisar fazer aulas teóricas ou práticas. Basta você ir bem nas provas.
69 – Ter empregada doméstica não é comum na Suécia, porque paga-se caro por esse serviço. Diaristas são para ajudar e não para fazer tudo por você.
70 – Suecos ficam super à vontade com aquele silêncio que pode ser constrangedor pra você durante uma conversa.
71 – Internet, água e luz estão geralmente inclusas no aluguel.
72 – Férias na Suécia são de 25 dias ÚTEIS, que podem ser divididos como quiser durante o ano, desde que acordado com o seu chefe. Não conta como férias dias que você fica doente.
73 – O volante dos carros de correio na Suécia é do lado direito, diferente dos outros carros.
74 – Suecos amam uma espécie de pasta de caviar que vem em bisnagas: Kalles Kaviar.
75 – Os suecos têm uma palavra especial para aquele cafezinho com bolo/biscoito com amigos, colegas de trabalho ou peguete a qualquer hora do dia: FIKA. Pode ser usada como substantivo ou até verbo.
76 – É muito comum encontrar bicicletas estacionadas sem nenhum tipo de cadeado.
77 – Na Suécia é comum que as pessoas confiem umas nas outras. Não há muita burocracia. Eu já fiz cadastro em academia, por exemplo, falei que era estudante, informei meus dados pessoais e bancários e não precisei mostrar NENHUM documento.
78 – Ver casinhas vermelhas na Suécia é muito comum. Antigamente, as pessoas não pintavam as casas porque tinta era muito caro. Foi então que descobriram uma mina de cobre em Dalarna e viram que dava pra fazer tinta com aquilo.
79 – Os motoristas aqui realmente param na placa pare, mesmo se não tiver uma alma viva andando por perto. E sempre param nas faixas de pedestre quando alguém quer atravessar.
80 – Os donos de carros pagam uma taxa se forem para o centro depois das 6h da manhã e se voltarem até determinada hora. Isso serve para diminuir o tráfego de carros no centro.
81 – Os suecos gostam muito de números. A maioria dos suecos sabe de cor quantos metros quadrados tem cada cômodo da casa, inclusive a garagem.
82 – Suecos dificilmente sabem lidar com imprevistos. Tudo deve ser marcado, de preferência com semanas de antecedência.
83 – Comprar sexo é crime na Suécia, mas vender sexo (prostituir-se) é legalizado.
84 – No calendário sueco comemoram-se dias nacionais relacionados a comidas e quitutes suecos. Exemplo: Kanelbulle (4 de outubro), Polkagris (20 de abril), Semla (terça-feira, sete semanas que antecedem a Páscoa)…
85 – A porcentagem de imposto que você paga muda de acordo com o seu salário. Quanto mais você ganha, mais você paga impostos, os quais podem chegar até 59%. O resultado disso são serviços públicos de qualidade.
86 – Para alugar um apartamento de “primeira mão” na Suécia, existe uma fila gigantesca, na qual você pode ficar mais de 20 anos.
87 – Quem tem televisão em casa na Suécia deve pagar uma taxa trimestral, mesmo que não assista.
88 – Os fogões aqui, em sua grande maioria (talvez todos), são elétricos. É só virar o botão e voilà!
89 – O prêmio Nobel e a dinamite são criações do sueco Alfred Nobel.
90 – “Gift” em sueco significa casado/casada ou veneno. Entenda como quiser o humor sueco para escolha de palavras.
91 – Para comprar bebidas alcoólicas no Systembolaget, você deve ter acima de 21 anos. Se o vendedor desconfiar que você está comprando para um menor, ele pode se recusar a vender.
92 – Suecos amam beber água com gás com diversos sabores. Nos restaurantes, ao pedir água, ela geralmente vem com uma fatia de limão. Não gosto
93 – Suecos são apaixonados pelo sol. Podem tirar o dia de férias só porque está ensolarado. E é muito comum ver pessoas de bikini ou sem camisa na varanda ou no jardim que dá pra rua.
94 – Existe igualdade entre os sexos na Suécia, independente da idade. Meninos com unhas pintadas, homens passeando com carrinho de bebê e cuidando da casa enquanto a mulher trabalha, pais comprando boneca ou carrinho independente do sexo da criança.
95 – O Natal na Suécia é comemorado no dia 24 de dezembro. Nesse dia, às 15h, a maioria dos suecos se sentam em frente à TV para assistir ao mesmo episódio natalino do Pato Donald!
96 – Muitas pessoas têm o sobrenome terminado em -son (filho). Exemplo: Svensson (filho de Sven), Nilsson (filho de Nils), Andersson (filho de Anders)…
97 – Não há sinal vermelho para os carros que vão virar à direita. Mas os motoristas devem prestar atenção se o sinal para pedestres está verde ou não.
98 – No cinema, entre os trailers e o filme, geralmente uma cortina se fecha em frente ao telão; uma pessoa dá as boas vindas e explica sobre as saídas de emergência aos presentes. E, a não ser as animações para crianças, que são dubladas, os outros filmes são todos legendados.
99 – Na Páscoa, as crianças se vestem de bruxas e vão de casa em casa pedir moedas.
100 – A Suécia tem nomes diferentes para Batman (Läderlappen), Mickey Mouse (Musse Pig); Pato Donald (Kalle Anka)…

Quatro números de emergência para salvar em seu telefone

Utilidade Pública

Para você que vai morar na Suécia...

Uma das coisas que sempre tenho anotado, seja no meu celular ou num simples pedaço de papel , quando visito um novo país são os números de emergência.
Esse tipo de informação é tão importante para quem viaja quanto para quem se muda para um determinado país. Como recém-chegado você recebe uma enxurrada de informações e, às vezes, fica difícil assimilar tudo de vez. Isso sem dizer que aprender a se virar no meio de tanta novidade pode levar algum tempo, não é? Então, pensando em quem é viajante ou é recém-chegado na Suécia, reuni os números essenciais para serem salvos na agenda do seu celular ou em algum cantinho. Afinal, a gente nunca sabe quando pode precisar, certo?

1. Emergência

O número 112 serve para qualquer tipo de emergência. Ligando para ele você entrará em contato com a polícia, a ambulância ou o corpo de bombeiros. Fique tranquilo e não se preocupe se você não fala sueco por enquanto. A pessoa do outro lado da linha te ajudará em inglês. Procure manter a calma e não se desesperar quando falar com o(a) atendente. Dependendo da situação eu sei que pode ser meio complicadinho, mas tente, ok?



2. Sem emergência

Agora, se você quer falar diretamente com a polícia sobre uma denúncia, deixar uma dica ou reportar algo, você deve ligar para 114 14. Esse número é utilizado para casos sem emergência.




3. SOS Acidentes e Crises

Há alguns anos a Suécia lançou um serviço chamado SOS alarm, para ajudar as pessoas com outros tipos de solicitações e assim evitar ligações desnecessárias para o 112.
Ligando para o 113 13 você consegue receber e dar informações sobre epidemias, acidentes, tempestades, entre outras coisas. Também é possível receber assistência em inglês.



4. Saúde

A Suécia tem um serviço chamado Vårdguiden que é um número de telefone que você pode ligar para receber conselhos de saúde 24 horas por dia durante 7 dias da semana (em sueco sjukvårdsrådgivning). Além disso, você consegue informações sobre onde ir para receber o cuidado que precisa. Basta ligar para 1177 e falar com eles. Só que tem um pequenino detalhe. Nem sempre o atendente conseguirá fazer um bom atendimento em inglês. 




Além disso, o site dá bons conselhos de saúde para te ajudar a pesquisar sobre seus problemas e sintomas antes de procurar um médico.
Portanto, é um número para conselhos médicos. Se você estiver se sentindo mal, por exemplo, eles irão te orientar se você deve ir para um hospital ou tomar algum remédio em específico. O atendimento é feito por um(a) enfermeiro(a).


Website


Aproveite bem o seu dia!

sexta-feira, 1 de julho de 2016

6 alternativas para as formas de cubos de gelo

Sabia que pode utilizar as formas de cubos de gelo com outros alimentos? Nesse artigo lhe vamos mostrar alguns alimentos que podem ser conservados na geladeira e que podem ser utilizados mais tarde nos seus cozinhados.



Ervas: Pode colocar ervas como o tomilho, o louro, o alecrim e muitas outras nas formas de gelo. Só precisa de picar as ervas e colocar elas nessas formas, adicionando água e azeite. Depois coloque na geladeira. Quando quiser utilizar as ervas só precisa de jogar elas na panela;



Ketchup: Os molhos como o ketchup devem ser bem conservados porque se podem estragar facilmente ou porque você não utiliza muitas vezes. Não volte a jogar fora os restos de ketchup que não comeu. Coloque o resto do molho nas formas de gelo e utilize os cubos da próxima vez que quiser cozinhar com ele;



Laranja e limão: Pode pegar em frutas cítricas, cortar ela em pedaços pequenos e colocar elas em formas de gelo ou de cupcakes. Depois só precisa de encher as formas com água e pode adicionar hortelã. Essa é uma forma de refrescar a água e de poder fazer mais tarde os coquetéis de fruta;



Ovos: Se seus ovos estão quase passando o prazo de validade e não vai cozinhar com eles, pode congelar eles. Deve congelar eles em duplas. Só precisa de abrir os ovos, bater eles um pouquinho e colocar eles em um saco com zípper. Pode bater com um garfo ou colocar eles no liquidificador. Feche bem o saco e tire o máximo de ar que puder. Finalmente, coloque o saco no freezer e, quando utilizar eles, só precisa de colocar o saco em água morna. No caso de não ter esse tipo de saco, pode colocar a batida de ovo em formas de gelo ou de cupcakes. Pode colocar uma dupla de ovos em cada buraco;



Água quente: Para fazer cubos de gelo translúcidos e bonitos, você vai precisar de utilizar de água quente. Ferva a água duas vezes em uma panela e coloque uma tampa. Assim que esfriar, despeje a água nas formas de gelo. Depois cubra a forma com plástico ou filme pvc;



Uvas: Quando quiser refrescar o vinho rosé ou o vinho branco, não utilize cubos de gelo. Substitua eles por uvas congeladas. Coloque uvas da cor dos vinhos nas formas e depois pode adicionar elas nos copos.



Essas soluções são muito práticas e eficientes. Experimente!

quinta-feira, 23 de junho de 2016

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Festa Junina pelo mundo

Festa Junina pelo mundo








Festas juninas, festas dos santos populares ou celebração do meio do verão (em inglês: Midsummer) são o período centrado no solstício de verão (no hemisfério norte) e de inverno (no hemisfério sul) e, mais especificamente, nas celebrações do Norte da Europa que ocorrem entre 19 de junho e 25 de junho. As datas exatas variam entre as diferentes culturas.

A Igreja Cristã, no entanto, designa 24 de junho como o dia de festa em homenagem ao mártir cristão São João Batista e celebra a Véspera de São João e o Nascimento de João Batista.

Essas celebrações são particularmente importantes no Norte da Europa − Dinamarca, Estónia, Finlândia, Letônia, Lituânia, Noruega e Suécia −, mas também ocorrem em grande escala na Irlanda, na Galiza, em partes do Reino Unido (especialmente na Cornualha), França, Itália, Malta, Portugal, Espanha, Ucrânia, outras partes da Europa, e em outros países como Canadá, Estados Unidos, Porto Rico, Brasil e Austrália.

Origens
Os feriados europeus relacionados às tradições e celebrações do midsommar têm origens pré-cristãs. Eles são particularmente importantes no Norte da Europa - Suécia, Dinamarca, Noruega, Finlândia, Estônia, Letônia e Lituânia -, mas também é muito fortemente observado na Polônia, Rússia, Bielorrússia, Alemanha, Países Baixos, Irlanda, partes do Reino Unido (especialmente Cornualha), França, Itália, Malta, Portugal, Espanha, Ucrânia, outras partes da Europa e em outros lugares - como Canadá, Estados Unidos, Porto Rico e também no Hemisfério Sul (principalmente Brasil, Argentina e Austrália).

O festival é também por vezes referido por alguns neopagãos como "Litha", decorrente do De temporum ratione de Beda, que fornece os nomes anglo-saxões Erra Liþa e Efterra Liþa para os meses que correspondem aproximadamente a junho e julho, com um mês intercalar de Liþa aparecendo depois de Efterra Liþa em anos bissextos.

De origem europeia, as fogueiras juninas fazem parte da antiga tradição pagã de celebrar o solstício de verão. Assim como a cristianização da árvore pagã "sempre verde", que se tornou a famosa árvore de natal, a fogueira a volta do 25 de junho tornou-se, pouco a pouco, na Idade Média, um atributo da festa de São João Batista, o santo celebrado nesse mesmo dia. Ainda hoje, a fogueira de São João é o traço comum que une todas as Festas de São João Europeias (da Estônia a Portugal, da Finlândia à França).

As celebrações do solstício ainda são centradas no dia do solstício do verão astronômico. Alguns optam por realizar o rito em 21 de junho, mesmo quando este não é o dia mais longo do ano, alguns comemoram em 24 de junho, o dia do solstício no tempo dos romanos. Os antigos romanos também realizavam um festival em honra do deus Summanus em 20 de junho. Na Wicca, os praticantes celebram no dia mais longo e a noite mais curta do ano, que não têm uma data definida, a partir do calendário celta de 13 meses.

Cristianização

Embora o midsommar seja originalmente um feriado pagão, no cristianismo ele é associado ao nascimento de João Batista, que é associado ao mesmo dia, 24 de junho, nas igrejas católica, ortodoxa e em algumas igrejas protestantes. Ocorre seis meses antes do Natal porque o Evangelho de Lucas (Lucas 01:26 e Lucas 1.36) implica que João Batista nasceu seis meses antes de Jesus, embora a Bíblia não diga em que época do ano isso aconteceu.[3]

No século VII, Santo Elígio (falecido em 659/60) avisou aos recém-convertidos habitantes de Flandres contra as antigas celebrações pagãs do solstício, ao dizer: "Nenhum cristão deve participar da festa de São João ou da solenidade de qualquer outro santo e realizar solestitia [ritos do solstício de verão] ou dançar, pular ou entoar cantos diabólicos".

Conforme o cristianismo se propagou por regiões de tradição pagã, as celebrações do midsommar foram transformadas em novos feriados cristãos, muitas vezes resultando em celebrações que misturavam tradições cristãs com tradições derivadas de festividades pagãs.

Por País:

Alemanha

Fogueira em Freiburg im Breisgau
No dia do solstício de verão é chamado Sommersonnenwende em alemão. Em 20 de junho de 1653 o conselho da cidade de Nuremberga emitiu a seguinte ordem: "No dia de São João em cada ano no país, bem como em cidades e vilas, jovens pegam dinheiro e madeira para criar o chamado sonnenwendt ou fogo zimmet e dançam sobre o referido fogo, saltando sobre o mesmo, com a queima de ervas diversas e flores... Portanto, o Conselho da Cidade de Nuremberga não pode nem deve deixar de acabar com toda esse paganismo, superstição imprópria e perigo de incêndio no próximo dia de São João."

Brasil

As festas juninas são, em sua essência, multiculturais, embora o formato com que hoje as conhecemos tenha se originado nas festas dos santos populares em Portugal: a Festa de Santo Antônio, a Festa de São João e a Festa de São Pedro e São Paulo principalmente. A música e os instrumentos usados (cavaquinho, sanfona, triângulo ou ferrinhos, reco-reco etc.) estão na base da música popular e folclórica portuguesa e foram trazidos ao Brasil pelos povoadores e imigrantes do país irmão.

As roupas caipiras ou saloias são uma clara referência ao povo campestre que povoou principalmente o nordeste do Brasil e pode-se encontrar muitíssimas semelhanças no modo de vestir caipira no Brasil e em Portugal. Do mesmo modo, as decorações com que se enfeitam os arraiais iniciaram-se em Portugal, junto com as novidades que, na época dos descobrimentos, os portugueses trouxeram da Ásia, tais como enfeites de papel, balões de ar quente e pólvora. Embora os balões tenham sido proibidos em muitos lugares do Brasil, são usados na cidade do Porto em Portugal com muita abundância e o céu se enche com milhares deles durante toda a noite. A dança de fitas típica das festas juninas no Brasil origina-se provavelmente da Península Ibérica.

Dinamarca

Dinamarqueses celebrando o midsummer bcom uma figueria na praia
Na Dinamarca, a celebração solsticial é chamada de sankthans ou sankthansaften ("véspera de São João"). Foi um feriado oficial até 1770 e, de acordo com a tradição dinamarquesa de comemorar um feriado na noite anterior do dia real, é celebrado na noite de 23 de Junho. É o dia em que os homens e mulheres sábias medievais (os médicos da época) reuniam ervas especiais que precisavam durante o resto do ano para curar as pessoas.

A data é comemorada desde os tempos dos Vikings, quando eles faziam grandes fogueiras para afastar os maus espíritos. Hoje, fogueiras na praia, piqueniques e músicas são tradicionais, embora fogueiras sejam construídas em muitos outros lugares. Na década de 1920, uma tradição de colocar uma bruxa feita de palha e tecido sobre a fogueira surgiu como uma lembrança da caça às bruxas entre 1540 a 1693. Essa queima enviaria a "bruxa" para Bloksbjerg, a montanha Brocken na região de Harz da Alemanha. Alguns dinamarqueses consideram a relativamente nova queima simbólica da bruxa como imprópria.

Finlândia

Antes de 1316, o solstício de verão era chamado de Ukon juhla ("celebração de Ukko") na Finlândia, pelo deus finlandês Ukko. Após as celebrações serem cristianizadas, o feriado se tornou conhecido como Juhannus por conta de João Batista (finlandês: Johannes Kastaja).

Na celebração do midsummer finlandês, fogueiras (kokko) são muito comuns e são queimados nas margens de lagos e do mar.[9] Muitas vezes, ramos de árvores de vidoeiro (koivu) são colocados em ambos os lados da porta da frente das casas para receber os visitantes.[10] Os finlandeses muitas vezes celebram erigindo um mastro (midsommarstång).

Na religiosidade popular, o midsummer é uma noite muito potente para muitos pequenos rituais, principalmente para jovens donzelas que procuram pretendentes e fertilidade. Acredita-se que o fogo-fátuo apareça com mais frequência na noite da celebração para indicar um tesouro. Nos velhos tempos, donzelas usavam encantos especiais e curvavam-se em um poço, nuas, para verem o reflexo de seu futuro marido. Em outra tradição que continua ainda hoje, uma mulher solteira recolhe sete flores diferentes e coloca-as sob o seu travesseiro para sonhar com seu futuro marido.

Uma característica importante do solstício de verão na Finlândia é a noite branca e o sol da meia-noite. Como o território do país está localizado em torno do círculo polar ártico, as noites perto do dia da celebração são curtas ou inexistentes. Isto dá um grande contraste com a escuridão do inverno. A temperatura pode variar entre 0 °C e 30 °C, com uma média de cerca de 20 °C no sul. Muitos finlandeses deixam as cidades no feriado e passam o tempo no campo. Hoje em dia muitos passam todas as suas férias em uma casa de campo. Os rituais incluem fogueiras, churrascos, uma sauna e passar o tempo junto de amigos e familiares.

França

Festa de São João, por Jules Breton (1875).
A Fête de la Saint-Jean (Festa de São João), tal como no Brasil e em Portugal, é comemorada em 24 de junho e tem, como maior característica, a fogueira. Em certos municípios franceses, uma alta fogueira é erigida pelos habitantes homenageando São João Batista. Trata-se de uma festa católica, embora ainda sejam mantidas certas tradições pagãs que a originaram. Na região de Vosges, a fogueira é chamada chavande.

Noruega

Fogueira em Bergen, Noruega
Como na Dinamarca, o Sankthansaften é comemorado em 23 de junho na Noruega. O dia também é chamado de Jonsok, que significa "despertar de João", importante em tempos católicos romanos com peregrinações a igrejas e fontes sagradas. Por exemplo, até 1840, havia uma peregrinação à Igreja do Stave Røldal em Røldal (sudoeste da Noruega), cujo crucifixo teria poderes curativos. Hoje, no entanto, o Sankthansaften é amplamente considerado como um evento secular ou mesmo pré-cristão. Na maioria dos lugares, o evento principal é a queima de uma grande fogueira. No oeste da Noruega, um costume de arranjar casamentos simulados, tanto entre adultos como entre crianças, ainda é mantido vivo.

Polônia

As tradições juninas da Polônia estão associadas principalmente às regiões da Pomerânia e da Casúbia, e a festa é comemorada em 23 de junho, chamada localmente 'Noc Świętojańska" (Noite de São João). A festa dura o dia todo, começando às 8h da manhã e varando a madrugada. De maneira análoga à festa brasileira, uma das características mais marcantes é o uso de fantasias; no entanto, não de trajes camponeses como no Brasil, mas de vestimentas de piratas. Acendem-se fogueiras para marcar a celebração. Em algumas das grandes cidades polonesas tais como Varsóvia e Cracóvia, essa festa faz parte do calendário oficial da cidade.

Portugal

Véspera de São João no Porto, Portugal
Em Portugal, estas festividades, genericamente conhecidas pelo nome de "Festas dos Santos Populares", correspondem a diferentes feriados municipais. Nas cidades do Porto e de Braga em Portugal, o São João é festejado com uma intensidade inigualável, sendo que a festa é, à semelhança do que acontece no Nordeste do Brasil, entregue às pessoas que passam o dia e a noite nas ruas das cidades, que são autênticos arraiais urbanos.

Festas de São João são ainda celebradas em alguns países europeus católicos, protestantes e ortodoxos (França, Irlanda, os países nórdicos e do Leste europeu). As fogueiras de São João e a celebração de casamentos reais ou encenados (como o casamento fictício no baile da quadrilha nordestina e na tradição portuguesa) são costumes ainda hoje praticados em festas de São João europeias. É ainda costume a realização de fogueiras onde o combustível é o rosmaninho.

Rússia/Ucrânia/Bielorrússia

Noite da Véspera de Ivan Kupala, por Henryk Hector Siemiradzki
A festa de Ivan Kupala (João Batista) é conhecida como a mais importante de todas as festas dos povos eslavos orientais de origem pagã, e vai desde 23 de junho até 6 de julho. Há a lenda de que na noite de Ivan Kupala, aparece a flor da samambaia e quem a encontrar será rico e feliz para sempre (essa flor não existe). É um rito de celebração pelo verão, que foi absorvido pela Igreja Ortodoxa. Muitos dos rituais das festas juninas eslavas estão relacionados com o fogo, a água, a fertilidade e a auto-purificação. As moças, por exemplo, colocam guirlandas de flores na água dos rios para ter sorte. É bastante comum também a brincadeira de saltar por cima das fogueiras. As festas juninas eslavas inspiraram o compositor Modest Mussorgsky a compor sua famosa obra "Noite no Monte Calvo".

Suécia

Celebração do solstício de verão em Årsnäs, na Suécia

As festas juninas da Suécia (Midsommarafton) são as mais famosas do mundo. São consideradas a festa nacional sueca por excelência, comemorada ainda mais assiduamente do que o Natal. Realizam-se entre 20 e 26 de junho, sendo a sexta-feira o dia mais tradicional. Uma de suas características mais tradicionais é as danças em círculo ao redor do majstången (mastro de maio) , um mastro colocado no centro da aldeia. Quando o mastro é erigido, são atiradas flores e folhas. Tanto o majstången quanto o mastro de São João brasileiro se originaram do "mastro de maio" dos povos germânicos.

Durante a festa, cantam-se vários cânticos tradicionais da época e as pessoas se vestem num estilo rural, tal como no Brasil. Por acontecer no início do verão, são comuns as mesas cheias de alimentos típicos da época, tais como morangos e batatas. Também são tradicionais as simpatias, sendo a mais famosa a das moças que constroem buquês de sete ou nove flores de espécies diferentes e os colocam sob o travesseiro na esperança de sonhar com o futuro marido. No passado, acreditava-se que as ervas colhidas durante esta festa seriam altamente poderosas, e a água das fontes daria boa saúde. Também nessa época, decoram-se as casas com arranjos de folhas e flores, para trazer boa sorte, segundo a superstição.

Durante esse feriado, as grandes cidades suecas tais como Estocolmo e Gotemburgo ficam semi-desertas, pois as pessoas viajam para suas casas de veraneio para realizar as festas. Os acidentes com balões são muito frequentes.


História da Festa Junina e tradições

Origem da festa junina, história, tradições, festejos, comidas típicas, quermesses, dança da quadrilha, influência francesa, portuguesa, espanhola e chinesa, as festas no Nordeste, dia de Santo Antônio, São João e São Pedro, as simpatias de casa


Origem da Festa Junina

Existem duas explicações para a origem do termo "festa junina". A primeira explica que surgiu em função das festividades, principalmente religiosas, que ocorriam, e ainda ocorrem, durante o mês de junho. Estas festas eram, e ainda são, em homenagem a três santos católicos: São João, São Pedro e Santo Antônio. Outra versão diz que o nome desta festa tem origem em países católicos da Europa e, portanto, seriam em homenagem apenas a São João. No princípio, a festa era chamada de Joanina.

De acordo com historiadores, esta festividade foi trazida para o Brasil pelos portugueses, ainda durante o período colonial (época em que o Brasil foi colonizado e governado por Portugal).

Nesta época, havia uma grande influência de elementos culturais portugueses, chineses, espanhóis e franceses. Da França veio a dança marcada, característica típica das danças nobres e que, no Brasil, influenciou muito as típicas quadrilhas. Já a tradição de soltar fogos de artifício veio da China, região de onde teria surgido a manipulação da pólvora para a fabricação de fogos. Da península Ibérica teria vindo a dança de fitas, muito comum em Portugal e na Espanha.

Todos estes elementos culturais foram, com o passar do tempo, misturando-se aos aspectos culturais dos brasileiros (indígenas, afro-brasileiros e imigrantes europeus) nas diversas regiões do país, tomando características particulares em cada uma delas.

Festas Juninas no Nordeste

Embora sejam comemoradas nos quatro cantos do Brasil, na região Nordeste as festas ganham uma grande expressão. O mês de junho é o momento de se fazer homenagens aos três santos católicos: São João, São Pedro e Santo Antônio. Como é uma região onde a seca é um problema grave, os nordestinos aproveitam as festividades para agradecer as chuvas raras na região, que servem para manter a agricultura.

Além de alegrar o povo da região, as festas representam um importante momento econômico, pois muitos turistas visitam cidades nordestinas para acompanhar os festejos. Hotéis, comércios e clubes aumentam os lucros e geram empregos nestas cidades. Embora a maioria dos visitantes seja de brasileiros, é cada vez mais comum encontrarmos turistas europeus, asiáticos e norte-americanos que chegam ao Brasil para acompanhar de perto estas festas.

Comidas típicas

Como o mês de junho é a época da colheita do milho, grande parte dos doces, bolos e salgados, relacionados às festividades, são feitos deste alimento. Pamonha, cural de milho verde, milho cozido, canjica, cuscuz, pipoca, bolo de milho são apenas alguns exemplos.

Além das receitas com milho, também fazem parte do cardápio desta época: arroz doce, bolo de amendoim, bolo de pinhão, bom-bocado, broa de fubá, cocada, pé-de-moleque, quentão, vinho quente, batata doce e muito mais.

Principais tradições

As tradições fazem parte das comemorações. O mês de junho é marcado pelas fogueiras, que servem como centro para a famosa dança de quadrilhas. Os balões também compõem este cenário, embora cada vez mais raros em função das leis que proíbem esta prática, em função dos riscos de incêndio que representam.

No Nordeste, ainda é muito comum a formação dos grupos festeiros. Estes grupos ficam andando e cantando pelas ruas das cidades. Vão passando pelas casas, onde os moradores deixam nas janelas e portas uma grande quantidade de comidas e bebidas para serem degustadas pelos festeiros.

Já na região Sudeste é tradicional a realização de quermesses. Estas festas populares são realizadas por igrejas, colégios, sindicatos e empresas. Possuem barraquinhas com comidas típicas e jogos para animar os visitantes. A dança da quadrilha, geralmente ocorre durante toda a quermesse.

Como Santo Antônio é considerado o santo casamenteiro, são comuns as simpatias para mulheres solteiras que querem se casar. No dia 13 de junho, as igrejas católicas distribuem o “pãozinho de Santo Antônio”. Diz a tradição que o pão bento deve ser colocado junto aos outros mantimentos da casa, para que nunca ocorra a falta. As mulheres que querem se casar, diz a tradição, devem comer deste pão.


















terça-feira, 31 de maio de 2016

A cultura do estupro


O que um pequeno e pobre país como a Bósnia, pode ensinar ao Brasil sobre a cultura de estupro.


Cerca de 60 mil mulheres foram violentadas em campos de estupro na guerra na Bósnia, nos anos 90. O país tem algo a ensinar sobre como lidar com o assunto.




Primeiras atitudes muitas e muitas vezes tomadas ao longo da história ao se conquistar uma cidade em uma batalha: matar os homens em idade de combate, escravizar velhos, crianças e mulheres em idade útil de trabalho, pilhar as riquezas e estuprar aos montes. Justamente por ser um clichê de guerra, o estupro é algo muito mais ligado à demonstração de poder e humilhação do que à satisfação de necessidades carnais mal administradas. O guerreiro de um império expansionista não estupra a camponesa de uma aldeia recém-devastada porque está, necessariamente, na seca há muito tempo, mas porque precisa mostrar quem é que manda. Na guerra, estupro é arma para conseguir informação, para torturar, para se impor. 

Alguns povos sofreram especialmente com isso. É o caso da Bósnia. País com área equivalente à do Rio Grande do Norte (51 mil quilômetros quadrados), população do Espírito Santo (3,8 milhões) e IDH um pouco inferior ao do Brasil (0,75 x 0,73), a Bósnia é o país europeu mais comumente associado a conflitos armados. Falou “Bósnia”, pensou “guerra” – e não é à toa. Ponto de partida da Primeira Guerra Mundial, em 1914, ela foi o epicentro de um conflito com ampla cobertura midiática 80 anos depois, quando as repúblicas que constituíam a antiga Iugoslávia enfrentaram uma traumática separação. Séculos de ocupação otomana, décadas de domínio austro-húngaro e significativas populações croatas e sérvias fizeram da Bósnia um dos país mais multiculturais da Europa. Mas se diversidade é uma coisa bonita de se ver em tempos de paz, ela pode ser uma bomba-relógio se o clima esquenta.

CAMPOS DE ESTUPRO

Grupos bósnios pró-Sérvia (cristãos ortodoxos, historicamente ligados à Rússia) se engalfinharam com os bósnios muçulmanos e com grupos bósnios pró-Croácia (cristãos católicos, do time do Ocidente). Cada qual lutando por seu naco, com os muçulmanos no meio e a Croácia e Sérvia nas bordas. Croatas e muçulmanos se aliaram em determinado momento, mas, entre 1992 e 1995, o país foi destroçado por ambos os lados, a região teve algo entre 100 e 200 mil mortos e 2,5 milhões de refugiados.

Os campos de estupro foram uma marca do conflito. Todas as partes cometeram violência sexual, mas nenhum com mais afinco que os bósnio-sérvios contra as muçulmanas. Estima-se que até 60 mil mulheres foram estupradas, em um claro comportamento de limpeza étnica. Muitas que engravidavam eram forçadas a ter os filhos e “povoar essa terra sérvia, que deve ser habitada somente por sérvios”. Estupravam mulheres à luz do dia, na rua ou em suas casas, na frente dos maridos e filhos, que ficavam na mira do revólver. 

Parques que circundavam a capital bósnia foram transformados em cemitérios. Parques que circundavam a capital bósnia foram transformados em cemitérios. 


Os relatos, horrendos, são numerosos. Jasmina tinha 19 anos e sonhava em ser economista. E então os sérvios chegaram a sua cidade, Bijeljina, nordeste da Bósnia: “Minha mãe simplesmente desapareceu. Nunca soube o que aconteceu. Então começaram a me torturar. Perdi a consciência. Quando acordei, estava nua e coberta de sangue, e minha cunhada também, nua, coberta de sangue. Sabia que fui estuprada, assim como ela.”

Frequentemente, essas mulheres eram abandonadas pelos maridos (ou elas mesmas deixavam o lar, por sentir vergonha e humilhação). A guerra acaba, mas o trauma persiste. Muitas eram forçadas a voltar ao mesmo bairro habitado por aqueles que a violentaram.

Muito do que essas pessoas passaram veio a público, chocando o mundo. O tribunal internacional que julgou os atos da Guerra da Iugoslávia foi o primeiro a considerar o estupro um crime contra humanidade. Mas, lá, assim como aqui, o processo é lento. Muitas mulheres já estão perdendo as esperanças de ver a justiça feita. Apenas poucas dezenas de casos foram julgados até hoje.

O projeto Women Under Siege, que investiga como a violência sexual foi (e é) arma de genocídios ao redor do mundo, relata que a guerra nos Bálcãs fez algo bom: florescer um raro comportamento de compaixão e inclusão. A peneira machista sobre o sol de quem vê culpa em quem é apenas vítima perdeu força. Durante a guerra, imãs e outros líderes muçulmanos encorajavam os homens a receber e amparar suas esposas, filhas, mães e irmãs estupradas. Paralelamente, grupos feministas se organizaram e ganharam força logo após o fim do conflito de um modo pouco visto em outros lugares.

Não que a Bósnia seja um lugar igualitário, uma Islândia balcânica. Bem longe. O país sofre até hoje as consequências da barbárie, ainda é governado por um comitê internacional, tem uma estrutura política frágil e corrupta e uma burocracia que faz qualquer cartório brasileiro se inflar de orgulho. Especialistas ainda se questionam se ela é um país viável no futuro.

Mas os bósnios fizeram o que poucos tiveram coragem: reconheceram. Todo homem é um potencial estuprador. É o primeiro passo. Encararam o estupro como um problema da sociedade inteira e estão tentando resolvê-lo.

Em cidades onde croatas protagonizaram atrocidades, como Mostar, alguns prédios permanecem destruídos. 

PS.: “ah, mas foi uma guerra, nem dá pra comparar, o Brasil não é assim…” etc.

Nós temos um caso de estupro a cada 11 minutos. Se entrássemos em guerra civil, isso por acaso diminuiria?

 Por Felipe Van Deursen

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Filhos são como navios...






Ao olharmos um navio no porto, imaginamos que ele esteja em seu lugar mais seguro, protegido por uma forte âncora.Mal sabemos que ali está em preparação, abastecimento e provisão para se lançar ao mar, destino para o qual foi criado, indo ao encontro das próprias aventuras e riscos.
Dependendo do que a força da natureza reserva para ele, poderá ter de desviar da rota, traçar outros caminhos ou procurar outros portos.Certamente retornará fortalecido pelo aprendizado adquirido, mais enriquecido pelas diferentes culturas percorridas.E haverá muita gente no porto, feliz à sua espera.Assim são os FILHOS.Estes têm nos PAIS o seu porto seguro até que se tornem independentes.
Por mais segurança, sentimentos de preservação e de manutenção que possam sentir junto dos seus pais, eles nasceram para singrar os mares da vida, correr os próprios riscos e viver as próprias aventuras.
Certos de que levarão os exemplos dos pais, o que eles aprenderam e os conhecimentos da escola – mas a principal provisão, além da material, estará no interior de cada um:A CAPACIDADE DE SER FELIZ.
Sabemos, no entanto, que não existe felicidade pronta, algo que se guarda num esconderijo para ser doada, transmitida a alguém.O lugar mais seguro em que o navio pode estar é o porto. Mas ele não foi feito para permanecer ali.Os pais também pensam ser o porto seguro dos filhos, mas não podem se esquecer do dever de prepará-los para navegar mar adentro e encontrar o próprio lugar, onde se sintam seguros, certos de que deverão ser, em outro tempo, esse porto para outros seres.Ninguém pode traçar o destino dos filhos, mas deve estar consciente de que, na bagagem, eles devem levar VALORES herdados, como HUMILDADE, HUMANIDADE, HONESTIDADE, DISCIPLINA, GRATIDÃO E GENEROSIDADE.Filhos nascem dos pais, mas devem se tornar CIDADÃOS DO MUNDO.
Os pais podem querer o sorriso dos filhos, mas não podem sorrir por eles. Podem desejar e contribuir para a felicidade dos filhos, mas não podem ser felizes por eles.A FELICIDADE CONSISTE EM TER UM IDEAL E NA CERTEZA DE ESTAR DANDO PASSOS FIRMES NO CAMINHO DA BUSCA.Os pais não devem seguir os passos dos filhos, e nem devem estes descansar no que os pais conquistaram.
Devem os filhos seguir de onde os pais chegaram, de seu porto, e, como os navios, partir para as próprias conquistas e aventuras.Mas, para isso, precisam ser preparados e amados, na certeza de que
“QUEM AMA EDUCA”.
“COMO É DIFÍCIL SOLTAR AS AMARRAS”

"Os pais podem querer o sorriso dos filhos, mas não podem sorrir por eles. Podem desejar e contribuir para a felicidade dos filhos, mas não podem ser felizes por eles."






Içami Tiba

terça-feira, 24 de maio de 2016

Santa Sara Kali

Santa Sara Kali, a cigana escrava que venceu os mares com sua fé. 
Conta a lenda que Maria Madalena, Maria Jacobé, Maria Salomé, José de Arimatéia e Trofino, junto com Sara, uma cigana escrava, foram atirados ao mar, numa barca sem remos e sem previsões.
Desesperadas, as três Marias puseram-se a orar e a chorar. Até então, Sara retira seu diklô (lenço) da cabeça, chama por Kristesko (Jesus Cristo) e promete que se todos se salvassem, ela seria escrava de Jesus, e jamais andaria com a cabeça descoberta em sinal de respeito. Milagrosamente, a barca sem rumo, atravessou o oceano e aportou com todos salvos em Petit- Rhône, hoje a tão querida Saintes-Maries-de-La-Mer, no Sul da França. Sara cumpriu a promessa até o final dos seus dias.
Suas histórias e milagres a fez Padroeira Universal do povo cigano, sendo festejada todos os anos nos dias 24 e 25 de maio. Segundo o livro oráculo "Lilá Romai Cartas Ciganas" (o único escrito por uma cigana), de Miriam Stanescon, deve ter nascido deste gesto de Sara Kali, a tradição de toda mulher cigana casada, usar um lenço, tornando a peça mais importante do seu vestuário. Quando se quer oferecer o mais belo presente a uma cigana, se diz: - Dalto chucar diklô, (Te darei um lindo lenço). Além de trazer saúde, prosperidade, Sara Kali é cultuada também pelas ciganas por ajudá-las diante da dificuldade de engravidar. Muitas que não conseguiam ter filhos, fazim promessas, no sentido de que, se concebessem, iriam à cripta da Santa, em Saintes-Maries-de-La-Mer, fariam uma noite de vigília e depositariam aos seus pés como oferenda, um lenço, o mais bonito que encontrassem. E lá, existem centenas de lenços, como prova que muitas mulheres receberam essa graça.
Para as mulheres ciganas, o milagre mais importante da vida, é o da fertilidade. Quanto mais filhos a mulher cigana tiver, mais dotada de sorte ela é considerada pelo seu povo. A pior praga para uma mulher cigana é desejar que ela não tenha filhos.Talvez seja esse o motivo das mulheres terem desenvolvido a arte de simpatias e garrafadas milagrosas para fertilidade.
Outra lenda diz, que Sara Kali, as três Marias e José Arimatéria, teriam fugido numa pequena barca, transportando o Santo Graal (o cálice sagrado), que seria levado para um mosteiro da antiga Bretanha. A barca teria perdido o rumo durante o trajeto e atracado no porto de Camargue, às margen do Mediterrâneo, que ficou conhecido como Saintes-Maries-de-La-Mer, transformado num grande local de concentração cigana.
O seu dia é comemorado e reverenciado através de uma longa noite de vigília e oração pelos ciganos espalhados no mundo inteiro, com candeias de luzes azuis, flores e vestes coloridas, muita música e muita dança. Cujo simbolismo religioso representa o processo de purificação e renovação da natureza e do eterno "retorno dos tempos". 
O dia de Santa Sara é comemorado em 24 de maio, e no dia 25 de maio homenageia-se as três Marias. 
Altar de Santa Sara - Altar é tudo o que vem do alto. Sintoniza energias superiores capazes de nos proteger e materializar nosso desejo de comunicação com a divindade. No altar, coloque: toalha branca, rosas amarelas, cesta de pães, frutas, taça de vinho tinto, vela azul clara, um punhado de arroz cru, moedas douradas, incenso de rosas, cristais e uma imagem de Sta Sara.
Os rituais de invocação a Santa Sara devem ser feitos com a mente livre, coração aberto e com a alma plena de amor. Ela é amiga, conselheira e protetora. Faça uma prece pedindo proteção para sua família, ofereç um pedaço de pão e vinho para todos da casa, para que aproteção esteja presente na vida de todos e que os milagres acontecerão. 
Segundo a tradição, quando um milagre é concebido, em sinal de respeito, admiração e gratidão, entrega-se um manto azul claro, em seu altar ou na sua imagem.
Oração de Sta Sara - Tu que és a única Santa cigana no mundo. Tu que sofreste todas as formas de humilhação e preconceito. Tu que fostes jogada no mar, para que morreste de sede e de fome. Tu sabes Santa Sara, o que é a mágoa e a dor no coração. Não permitas que meus inimigos zombem de mim ou me maltratem. Que Tu sejas minha dvogada diante de Deus. Que tu me conceda sorte e saúde! Que assim seja!
O manto de Sta Sara - Oferecer um manto a Sta Sara, faz parte do seu culto, em agradecimento a uma graça alcançada, faça um manto e coloque na imagem dela:
- Amarelo e dourado - para qualquer vitória alcançada.
- Azul - para proteção, luz espiritual, poder intuitivo e filhos.
- Branco - paz de espírito, casamento, agradecimentos.
- Lilás - carinho, amor e prosperidade.
- Púrpura - prestígio e vantagens profissionais.
- Rosa - amor, compaixão e maternidade.
- Verde - saúde, bens adquiridos e vitalidade.
Quando Sta Sara morreu, foi feito um manto de ouro, que foi colocado sobre seu corpo quando ela foi devolvida ao mar.    
Oráculo de Sta Sara - O jogo das conchas - Um oráculo para obter respostas de "sim" ou "não". É necessário 12 conchinhas (de praia), sendo 02 auxiliares (de preferência diferenciada das outras), 01 toalha pequena com uma mandala no centro, 01 moeda sobre a toalha e uso de incenso ou velas conforme intuição. Colocar a toalha aberta. Na mão direita, pegar 10 conchinhas, mentalizar a pergunta e desenhar uma estrela de cinco pontas, após esfregar as conchas com as duas mãos e jogar. As conchas que cairem fora da toalha são eliminadas. Se, dentro da mandala, a quantidade de conchas for em nº par, a resposta é "sim", se for nº ímpar, a resposta é "não". Ainda se as conchas estiverem voltadas para cima, indicam facilidade, se estiverem para baixo, dificuldade. As 02 conchinhas auxiliares são usadas para questões relacionada a tempo, representado por meses. Portanto para perguntas sobre tempo, jogar as 12 conchinhas e contar os meses a partir do mês presente.
Ritual de Sta Sara - Indicado para fazer no dia de Sta de Sara. Colocar na imagem de Sta Sara, vários lenços, pequenos e coloridos, dobrados em triângulos, comos e fossem mantos. Energizá-los com orações, pedidos e agradecimentos. Após isso, presentear pessoas queridas. Quem receber, irá fazer um pedido, dar um nó ao meio do lenço e guardar. Quando o pedido for realizado, desfazer o nó e guardá-lo. 
Novena de Sta Sara para gravidez - Para pedir a Sta Sara, a graça de ser mãe e ser atendida, faça essa novena. É simples e poderosa. Compre um lindo lenço, bem colorido, como usam as ciganas, e amarre-o em volta da imagem ou gravura de Sta Sara, pedindo por um bebê. Durante 09 meses, que é o tempo de uma gestação - faça todos os dias a oração de Sta Sara. Segundo a lenda, a graça poderá ser atendida antes mesmo do fim da novena. Quando o bebê nascer, o lenço passará a aser amarrado no berço até a criança completar um ano. Se for menina, em agradecimento, costuma=se dar o nome de Sara, se menino, nomes dos díscipulos de Cristo, podendo ser usados como segundo nome. Boa Sorte!
Poderosa Oração de Sta Sara - "Amada Sta Sara! No silêncio da minha alma, dirijo-me a vós e peço com todo amor que perdoe e mim e aos meus semelhantes que por ventura tenham me causado mal, proposital ou não. Eu os perdôo também, pois sei que é única e verdadeira rainha cigana, que abençoa e ampara a todos, sendo cigano ou não, pois sei que tens muita luz para entender a pequenez humana, e sei que sabe que não somos propriedade de ninguém, inclusive de etnias, sendo um Espírito de muita luz, indo além disso tudo! Qualquer ser humano que se dirija a vós, será abençoado e amparado por vossa luz. Sta Sara nos ampare, abra nossos caminhos espirituais, para que não sejamos vítimas das injustiças e da malidicências. E que não tenhamos inimigos, pois todos nós somo irmãos! E que eu pratique a luz, a devoção a vós, e que nunca aja de forma cruel com meus semelhantes, e que eles não se tornem cruéis, incluindo os que professam a vossa devoção! Pela alegria dos ventos, da lua cheia, do sol que nos ampara, através do fogo divino, pelas águas abençoadas que nos fornece a vida e o alimento pela terra que piso com orgulho de ser sua devota. Recorro a vós pedindo: paz, luz, sorte, saúde, proteção para mim e minha família. Agradeço-te também pela energia de luz que recebo nesse momento em que eu oro e recebo vossa luz que necessito (fazer pedidos). Pelas fitas coloridas, pelas rendas, pelas músicas alegres do povo cigano, dedico essa prece para todos os povos e criaturas da natureza. Que assim seja sempre!"
Oração para realização de seus propósitos- "Salve a natureza! Salve o círculo mágico azul que nos envolve! Eu sou feliz e rica, eu tenho o hoje e o amanhã! Tenho meu futuro pela frente! A saúde tomou conta do meu corpo! Obrigada por tudo de bom que me destes e continua dando. Porque eu posso, eu quero, eu mereço, eu vou conseguir através da luz cigana, dos mentores ciganos, e e realizarei todos os meus sonhos, porque poder é querer, e eu posso. Salve Sta Sara Kali! Que sempre ilumine o meu caminhos afastando os inimigos da minha estrada, que os olhos dele não cheguem até os meus, e que seus passos não cruzem meus caminhos. Que assim seja sempre!E que assim se faça sempre!"
Bênção de Sta Sara - Para que você possa sentir a anergia desta Sta Cigana. Pegue um copo com água filtrada. Esta é uma mentalização para limpeza de seu interior. Uma limpeza no corpo físico e no corpo espiritual. É simples: coloque sua mão direita sobre o copo e repita as evocações:

- Deus Pai, Sta Sara, meu povo cigano, que desça sobre este copo com água, suas energias de anmor, saúde, paz e prosperidade.
- Que Sara Kali, derrame todas as suas bênçãos nesta água, água que é a fonta da vida, é fonte purificadora.
- E ao bebê-la todo o meu corpo físico e meu corpo espiritual sejam purirficados de condensações energéticas negativas, de energias que adoecem a alma e contaminam a mente.
- Que eu seja abençoado(a) e protegido(a) pelo seu amor, minha Sara Kali. Amém!

Beba a água lentamente, sentindo que ela está limpando todo o seu interior. Se você sentir algum desconforto, não se preocupe, pois faz parte dessa limpeza, e será passageiro. 
(Essa benção de Sta Sara foi pessada pela Cigana Isabelita na Rádio Mundial-SP) 
A imagem de Sta Sara fica na cripta da Igreja de Saint Michel, em Saints Marie De La Mer, região da Provença, Sul da França, onde seus ossos foram depositados. O epíteto "Kali", significa "negra!, porque sua tez é escura. Fontes variam se sua canonização aconteceu em 1712. Porém é considerada pela Igreja Católica, Santa de Culto local . Sua imagem é coberta de lenços, seu manto é azul, algumas possuem uma pequena coroa na cabeça, e também é possível encontrá-la em versões branca e negra.  É a protetora da maternidade, dos desesperados, oprimidos e desamparados. Atende todos os pedidos. Assim, todos os anos, na madrugada do dia 24 de maio, milhares de ciganos de todas as regiões da Europa e do Mundo, reunemse na pequena igreja Saint Michel em louvor e homenagem à sua Padroeira. No Brasil, já temos sua imagem, numa gruta ao ar livre, no Parque Garota de Ipanema, no Rio de Janeiro, onde também são realizadas festas e homenagens à Sta Sara. 
Consagrando a Imagem de Sta Sara - Para consagrar sua imagem, siga seu coração. Pode-se levá-la ao mar e banhá-la, porém nunca afunde a imagem. Pode-se também perfumá-la com lavanda ou outro perfume de sua preferência. Faça um pequeno altar, coloque a imagem, um vaso com 03 rosas brancas (03 Marias) e acenda uma vela azul clara.
A imagem emana uma energia quase mágica, é como um fio condutor de energia que liga o céu e a terra, nos aproximando ainda mais de tudo aquilo que acreditamos.
Música Santa Sara (Wal Hei):
Sempre ao meu lado ela está
com seus mistérios, sua luz.
Santa Sara, Santa Sara,
Minha vida tu conduz.
Somos filhos do vento,
das estrelas, do luar.
Tua voz, meus sentimentos.
Tua força em meu cantar.
Te pedimos pela figa,
pelo brilho dos cristais.
Estrela de cinco pontas,
meu caminho, sigo em paz.
Escureça como a noite o olhar dos inimigos
A ti peço todo dia que abençoe minha tsara
Santa Sara, me acompanhe,
ilumine o meu cantar,
e palavras de carinho
quero a todos ofertar.
E me afasta do orgulho,
da vaidade, ambição.
Sei que herdarei o mundo,
dando a ti meu coração.
Santa Sara, me acompanhe,
ilumine meu pensar,
e palavras de carinho
quero a todos ofertar.
Manjar de Sara Kali - Esse manjar é servido durante a slava de Sta Sara no dia 24 de maio, ou nas festas ciganas em sua reverência.
Ingredientes: 01 garrafinha pequena de leite de côco, 01 xícara de açúcar, fava de baunilha à gosto, 03 colheres de amido de milho, 150gr de côco ralado, ameixas em calda, clara de 03 ovos, raspas limão.
Modo de fazer: Misturo tudo e leve ao fogo brando para cozinhar até que se forme um mingau. Coloque numa fôrma e leve para geladeira até endurecer. Depois desenforme. Bata as claras em neve, acrescentando açúcar, a calda da ameixa e as raspas de limão. cubra o manjar e leve ao fôrno rapidamente para dourar. Pronto para Servir.
Para oferenda, cubra o manjar com pétalas de rosas brancas e leve-o ao mar. Pode ser também recheados de pedidos. Acendas 03 velas, para Sta Sara, Maria Salomé e Maria Jacobé.
Ritual de Sta Sara para o Amor - Santa Sara pode nos trazer amor, proteger os relacionamentos afetivos e favorecer as uniões e alianças sentimentais. Você poderá fazer este ritual para qualquer dificuldade que esteja sendo enfrentada em sua vida amorosa; seja para o fortalecimento de um relacionamento ou até mesmo para o encontrar um verdadeiro amor. Este ritual deverá ser feito durante três dias consecutivos, em fase de Lua Cheia. Procure criar uma corrente de proteção realizando este ritual no mesmo horário, todos os dias. Num prato branco, coloque duas velas azul-claras. Em volta delas, acrescente em forma de círculo um pouco de mel e ao lado não deixe de colocar um vaso com flores amarelas e uma vareta de incenso de rosas. Acenda as velas e o incenso e faça uma oração à Santa Sara mentalizando seus pedidos. As velas e o incenso deverão queimar sem interrupções até o final. As sobras do ritual deverão ser entregues num local onde haja natureza, pode ser num jardim ou praça. 
   
Oração à Sta Sara
Abençoada Senhora
Protetora dos caminhantes, conduza- nos com sua luz na segurança de nossos passos.
Assim como os anjos celestiais a conduziram, rogamos sua proteção em nossos caminhos por esta vida. Senhora Sta Sara, somos todos ciganos em busca de um campo plano e virtuoso onde possamos fincar nossas famílias. Que hoje, nossa alma se alegre e festeje na sua graça e bondade, e todas as cores de céu, enfeitem a nossa vida na certeza de dias claros e serenos. Salve Sta Sara Kali.
Oração Ritualística à Sta Sara
Estrela Azul de D'Arma, pelos sagrados símbolos do triângulo e da cruz, eu (dizer seu nome), nascido(a) no dia (data de nascimento), protegido(a) por Sta Sara, peço ao povo cigano, (mentalizar a energia que o acompanha),que traga para mim (pedidos, nunca pessoas), em nome de Sta Sara e do Mestre dos Mestres, Jesus, o Cristo. Que assim seja para todo o sempre!
Música Sta Sara, com oração de romanês 
Manglimos Katar e Icana Sara Kali.
Tu Ke San Pervo Icana Romli Anelumia.
Tu Ke Biladiato Le Gajie Anassogodi y Guindiças. 

Tu Ke daradiato Le Gajie. Tai Chudiato Anemaria. 
Thie Meres Bi Paiesco Tai Bocotar.

Djenes So Si e Dar, E Bock, Thai O Duck Ano Ilô. 
Thiena Mekes Murre Dusmaia Thie Açal Mandar Thai Thie Bilavelma. 

Thie Aves Murri Dukata Angral O Dhiel
Thie Dhiesma Bar, Sastimôs ,Thai Thie Blagois Murrô Traio 

Thie Dhiel. O Dhiel.


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